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Época Negócios

Nada de novo no ranking da inovação

Publicado em 01 agosto 2011

AS FALHAS DA LISTA DO INSEAD, E AS DO BRASIL

O Brasil tem oscilado no ranking de inovação do Insead, uma escola de negócios da França. Da 50a posição em 2009, caiu para a 68a, e agora subiu para a 47a. São estudos interessantes, mas afetados por mudanças metodológicas ou variações no acesso à informação. O trabalho francês pode melhorar. Considera positivo para a inovação, por exemplo, o uso da lenha (definida como renovável). Não parece coisa boa. E a flutuação do Brasil não espelha nosso gradual avanço. A atenção estatal para o tema trouxe aumento visível dos recursos federais e estaduais para a inovação. Empresários também abraçaram a causa. Mas o IBGE mostrou na última Pintec, a pesquisa sobre inovação, que o número de pesquisadores em empresas caiu entre 2005 e 2008. O freio de mão macroeconômico continua puxado: os juros, os custos trabalhistas e a carga tributária são enormes. O câmbio detona a capacidade exportadora. Há, portanto, muito a melhorar.®

CARLOS HENRIQUE DE BRITO CRUZ, DIRETOR CIENTÍFICO DA FAPESP