Um grupo de pesquisas do Institut Pasteur de São Paulo analisará amostras do esgoto da capital paulista para monitorar o vírus influenza, causador da gripe. O objetivo do estudo é identificar novas cepas do vírus, o que pode ajudar no desenvolvimento de uma vacina mais eficaz contra a doença. Coordenado pelo virologista e biomédico Rúbens Alves, 32, o grupo Vigilância Genômica e Inovação em Vacinas iniciou a pesquisa no último mês com financiamento do Institut Pasteur de Paris e da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo). Atualmente, os imunizantes distribuídos pelo Ministério da Saúde protegem contra os três tipos de cepas do vírus influenza que mais circularam nos hemisférios Norte e Sul. O problema é que nem sempre os vírus em circulação são os mesmos com que a vacina foi feita. Além de serem diversos, o influenza muta rapidamente. Assim, estima-se que a eficácia da vacina em uma campanha varie de 40 a 60%, devido à adequação da vacina às cepas em circulação, assim como pelas especificidades de cada uma.