O Comitê Gestor da Internet brasileira deverá dividir a atual categoria de domínio .com, usado por empresas com fins lucrativos, em oito categorias: .ind, para indústria, .rec, para recreação, .inf, para provedores de informação, .psi, para provedores de serviços, .art, para atividades artísticas, .esp, para esportes, .tmp, para eventos temporários e .etc, para quem não se enquadrar nas anteriores.
A decisão aconteceu na última reunião do comitê, no dia 25, e a lista difere da elaborada em uma reunião realizada na Suíça em abril, em que participaram organizações ligadas á Internet. Neste encontro, foram aprovadas as categorias de domínio .firm, .store, .web. .arts. .rec, .nom e .info. O Comitê Gestor também vem discutindo a inclusão da categoria .nom no Brasil, que não exigirá apresentação de CGC. Assim, pessoas físicas poderão ter o seu domínio particular.
De acordo com o diretor-presidente da Fapesp, Francisco Romeu Landi, responsável pelo registro de domínio no Brasil, a notícia não é oficial, pois a entidade ainda não recebeu comunicado sobre o assunto. "De qualquer forma, essas novas categorias são muito parecidas com o que vai ser adotado nos Estados Unidos. Cada país tem criado categorias próprias. No Japão, por exemplo, as grandes multinacionais usam .co.jp no endereço de seus sites", comenta Landi. A Fapesp afirma que serão dois meses de adaptações operacionais. Só depois disso é que da começa a registrar as novas categorias.
A decisão do Comitê criou polêmica no mercado. "A Internet é uma rede mundial e deveria seguir padrões internacionais. Essas novas categorias de domínio até podem facilitar a navegação para usuários brasileiros, mas internautas de outros países terão dificuldade em acessar sites nacionais", observa Sérgio Nader, diretor-técnico da Mr. Help Internet Solution, provedor de presença na Internet que presta serviços de Web hosting.
Outra questão que causa ansiedade no mercado é a data em que passará a ser cobrado o registro do domínio. Atualmente, a Fapesp presta o serviço gratuitamente. Em dezembro, o Comitê Gestor estipulou tarifas de R$ 50,00 para o registro e R$ 50.00 anuais para manutenção. "Ainda não há prazos para que a cobrança seja efetuada", diz Landi.
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Jornal da Tarde