O programa de modernização dos equipamentos que compõem o Radar Meteorológico da Barragem de Ponte Nova deve apresentar mudanças físicas somente a partir de março de 2007. E neste período, quando as chuvas se tornam menos intensas na Capital, Região Metropolitana e outros pontos do Centro-Oeste do Estado de São Paulo monitorados pelo aparelho instalada no divisa dos municípios de Biritiba Mirim e Salesópolis, que o local poderá sofrer paradas maiores para manutenção e reformulação.
A fase atual é de pesquisas tecnológicas, tomadas de preços e consultas técnicas que precisam ser realizadas antes da aquisição dos novos materiais. "O processo está em pleno andamento. Estamos recebendo algumas visitas de empresas, inclusive do exterior, e ou vindo suas propostas", explica o engenheiro responsável pelo Radar Meteorológico, José Antônio Boani. Segundo ele, a expectativa é de que estas consultas terminem antes do início das próximas chuvas, prevista para o próximo mês de setembro. As novas instalações, no entanto, precisam esperar uma nova fase de estiagem.
Ainda sem investimento definido devido aos levantamentos que estão sendo efetuados, os novos equipamentos não devem significar grandes avanços no sistema que opera desde 1988 nas dependências da Barragem de Ponte Nova. Não será possível, por exemplo, antecipar a previsão de chuvas além da média de três horas que atual mente se aplica no sistema. "Os novos investimentos vão permitir um refinamento maior, uma previsão mais detalhada e o aperfeiçoamento tecnológico que os aparelhos necessitam", resume o engenheiro, lembrando que as previsões com maior antecedência já são realizadas pelos satélites. "Mas são apenas 'previsões'. Aqui, nós trabalhamos com o que já está acontecendo", completou.
O único radar meteorológico integrado com rede telemétrica do Estado de São Paulo — existem outros equipamentos em Baum, Presidente Prudente e São Roque, mas de menor complexidade — é capaz de informar, a cada cinco minutos, a situação meteorológica de uma região que compreende 240 quilômetros de extensão. Os da dos partem de Ponte Nova para a central da Universidade de São Paulo (USP), de são distribuídos para a órgãos de Defesa Civil, empresas de energia elétrica e centrais de tráfego, entre outras instituições.
O radar meteorológico, adquirido em convênio com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), integra com a rede telemétrica o Sistema de Alerta a Inundações de São Paulo (Saisp). Entre os principais pro dutos do sistema estão mapas de chuva observada na área de abrangência do radar, mapas com previsões de inundações na cidade de São Paulo e leituras dos postos das redes telemétricas do Alto Tietê, Cubatão, Registro e Piracicaba, entre outros. Atualmente, há mais de 20 pontos de medição e este número está em cresci mento. A ex atende uma necessidade de crescimento e serve para adensar mais os pontos para garantir um controle maior do monitoramento", explica Boani.
Notícia
O Diário (Mogi das Cruzes)