O diretor-presidente da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul (Fundect), Fábio Edir dos Santos Costa, participou esta semana de um evento em São Paulo que discutiu o programa Biota, que tem o objetivo de fazer levantamentos da biodiversidade.
"Mato Grosso do Sul deverá estar incluído em programas como esse porque o Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT), dentro do Programa de Pesquisa em Biodiversidade (PPBio), pretende multiplicar a experiência de São Paulo, que possui o Biota/Fapesp, para outros ecossistemas brasileiros. A Mata Atlântica é o próximo foco", disse Fábio. Ele explica que o Estado possui, na Serra da Bodoquena, resquícios da Mata Atlântica, que seria o ponto mais distante do litoral a ainda ter vegetação residual desse ecossistema.
Segundo o diretor-presidente, dentro dos programas estruturantes de Ciência e Tecnologia da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) está previsto o programa Biota MS, que pretende iniciar o estudo do levantamento da biodiversidade no Estado. "Deve ser usada a mesma metodologia dos demais programas para comparar dados com outros sistemas. Com o Biota MS poderemos conhecer a biodiversidade, determinar áreas prioritárias de conservação e delimitar os usos de forma adequada e sustentada".
O evento tratou principalmente do programa Biota África. "Seria uma parceria entre o Brasil, Alemanha e África para o levantamento da biodiversidade. A Alemanha já trabalha o programa há três anos em sete países africanos e quer a parceria com o Brasil para ampliar o Biota para os países de língua portuguesa da África. Essa parceria seria com pesquisadores, treinamento, transferência de tecnologia existente, e outros".