Para substituir o popular método de compactação digital, o Instituto Fraunhofer, da Alemanha, prepara para 2005 o lançamento comercial do H.264, que promete uma capacidade de compressão muito superior aliada à melhor qualidade de imagem.
Dependendo da aplicação, a tecnologia é no mínimo 33% mais eficiente que o MPEG-2. Em alguns casos, a redução do volume de dados é de 50%.
Para se chegar a essa evolução, os cientistas do instituto onde o MP3 foi criado desenvolveram um método que consegue identificar partes da imagem que são repetidas em diversos quadros sucessivos - ou seja, que permanecem estáticas - de forma mais eficiente.
Se no MPEG-2 essa reutilização da imagem pode ocorrer em blocos de 16 por 16 pixels, o novo método proporciona uma redução para 4 por 4 pixels.
Os programas de compressão apenas regravam as partes de cada imagem que aparecem quadro após quadro. As partes que permanecem estáticas em quadros sucessivos são as que podem ser prognosticadas.
O que os pesquisadores da Alemanha fizeram foi desenvolver um método diferente de prognóstico das imagens estáticas. Pela inovação, os cientistas Thomas Wiegand, Detlev Marpe e Heiko Schwarz ganharam o prêmio Joseph von Fraunhofer em 2004.
No H.264, a previsão de parte da imagem que se repete nos diferentes quadros não ocorre com base apenas na última delas. A identificação é feita com base em uma série de quadros precedentes. A forma de codificar os dados é que muda, nesse novo sistema.
(Agência Fapesp. 18/11)
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