Cientistas afirmam ser urgente recomendar a prática de exercícios durante a pandemia
Ainda que ajude a controlar a propagação do Novo Coronavírus, o isolamento social pode induzir comportamentos prejudiciais à saúde, como ingerir alimentos de pior qualidade, passar mais tempo sentado em frente às telas e movimentar-se menos ao longo do dia (aumento de 28%). Especialistas estimam que a redução no nível de atividade física observada em 35% nos primeiros meses de quarentena pode gerar um aumento anual de mais 11,1 milhões de novos casos de diabetes tipo 2 e resultar em mais 1,7 milhão de mortes.
Trabalhos recentes mostram que indivíduos com diabetes têm um risco maior de desenvolver a forma grave do COVID-19.
Baseados nos dados do período anterior à pandemia, os pesquisadores estimam que a prevalência atual de inatividade física – isto é, não realizar a quantidade mínima de exercício recomendado pelas organizações de saúde – é de 57,3% entre a população com mais de 40 anos e 57,7% entre indivíduos com risco de diabetes. Com isso, a falta de atividade física será responsável por 9,6% (11,1 milhões) dos casos de diabetes e 12,5% (1,7 milhão) da mortalidade geral no mundo, caso essa alta prevalência se mantenha por tempo prolongado.
Pesquisas mostram que mesmo pessoas fisicamente ativas podem ter prejuízos à saúde ao passar muitas horas em frente à TV ou computador, por exemplo.
Por isso, recomenda-se que quem trabalha muitas horas em frente ao computador levante a cada meia hora e realize alguma atividade leve, de dois a cinco minutos, como andar pela casa ou ambiente de trabalho, subir e descer escadas ou qualquer outra que seja possível.
O grupo da Unesp recomenda ainda que se façam exercícios que usem o próprio peso do corpo para fortalecimento muscular, como abdominais, sentar e levantar da cadeira e flexões, além de atividades aeróbicas perto de casa que possam ser feitas com segurança, como caminhada, ciclismo e corrida. Tudo isso somado a uma alimentação saudável, com legumes, frutas e verduras, principalmente, evitando alimentos processados.
(Fonte: André Julião/Agência Fapesp)