Mais uma da série "possíveis soluções para quando um futuro catastrófico atingir o planeta". Um grupo de cientistas norte-americanos descobriu uma molécula anticongelamento que permite a uma espécie de besouro encontrada no Alasca sobreviver a temperaturas de cerca de 40º C negativos.
Diferente de compostos biológicos que evitam o congelamento descobertos anteriormente, a nova molécula, denominada xylomannan, quase não tem proteína. Ela é composta de um açúcar e de um ácido graxo e, segundo os pesquisadores, pode existir em locais até então desconhecidos nas células.
A descoberta será apresentada esta semana em reunião da União Geofísica Norte-Americana, em San Francisco, e publicada em breve na revista Proceedings of the National Academy of Sciences.
De forma semelhante à formação de cristais de gelo sobre sorvete deixado por muito tempo no freezer, cristais de gelo em um inseto ou em outro organismo podem tirar tanta água das células do organismo que elas acabam morrendo.
Moléculas anticongelantes funcionam de modo a manter pequenos os cristais de gelo ou prevenir que eles se formem. Essas moléculas podem ajudar organismos a resistir a temperaturas muito baixas ao evitar que o congelamento chegue às células, uma condição letal.
Segundo os pesquisadores, uma possível vantagem da molécula encontrada no besouro Upis ceramboides é que ela teria o mesmo ácido graxo das membranas celulares.
Essa semelhança, apontam, poderia permitir que a molécula fizesse parte de uma parede celular e protegesse a célula da formação interna de cristais de gelo. A notícia é da Agência Fapesp.