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“Mirando as Estrelas”: novo episódio da série explora telescópios brasileiros e instrumentação astronômica (1 notícias)

Publicado em 12 de dezembro de 2024

A série é uma parceria entre o escritório GMT Brasil, o Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)

Por Carolina Borin

Segundo episódio da série “Mirando as Estrelas” fala sobre os maiores telescópios brasileiros e os instrumentos que estão revolucionando a pesquisa no Brasil – Imagens: Reprodução/Youtube e Pixabay/Pexels

Já está no ar o segundo episódio da série Mirando as Estrelas , que aborda a participação dos profissionais do País em projetos de instrumentação astronômica a nível mundial. Disponível no canal do projeto GMT Brasil, no YouTube , o novo vídeo foca nos maiores telescópios brasileiros e os instrumentos que estão revolucionando a pesquisa no Brasil. A série é uma parceria entre o escritório brasileiro ligado ao Telescópio Gigante de Magalhães (GMT), o Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), com realização da TV Univap e apoio do Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA) .

Entre os instrumentos apresentados no novo episódio está o SPARC4, criado para o maior telescópio brasileiro — o Perkin-Elmer de 1,6 metros de diâmetro — localizado no Observatório do Pico dos Dias (OPD), em Minas Gerais. Essa câmera astronômica consegue captar quatro imagens simultâneas do céu e permite a polarização da luz – fenômeno ligado à distribuição da orientação do campo elétrico da onda eletromagnética, a luz. O projeto é liderado pela Divisão de Astrofísica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e apoiado por diversas instituições, incluindo o LNA, responsável pela operação do OPD.

O programa tem a participação de Cláudia Vilega Rodrigues, pesquisadora titular e chefe da Divisão de astrofísica do INPE, além de coordenadora do desenvolvimento do SPARC4.“O instrumento conta com detectores que conseguem fazer as aquisições das imagens com uma taxa muito rápida. Você consegue tirar várias imagens por minuto, várias imagens por segundo, o que é importante se você está interessado em entender como os objetos astrofísicos variam nessas escalas de tempo”, afirma a pesquisadora. Traz ainda a presença de profissionais renomados, Bruno Vaz Castilho e Luciano Fraga, do LNA; e os pesquisadores Claudia Mendes de Oliveira, Laerte Sodré Jr. e Rafael Ribeiro, do IAG-USP.

Financiamento do projeto

A FAPESP é membro-fundadora do consórcio GMTO ( Giant Magellan Telescope Office ), com um investimento de 50 milhões de dólares, que representa 4% do tempo de operação anual do telescópio para cientistas do Estado de São Paulo. E a equipe brasileira possui mais de 70 profissionais de diversas áreas, incluindo professores, consultores, técnicos e bolsistas, que formam o escritório GMT Brazil Office (GMTBrO), atualmente liderado pelo IAG-USP. Participam também professores e colaboradores do Instituto de Física (IF) e Escola Politécnica (POLI) da USP, do Instituto Mauá de Tecnologia, do Instituto de Física (IFGW) da Universidade de Campinas (Unicamp), da Universidade do Vale do Paraíba (UNIVAP).

Usando sete dos maiores espelhos monolíticos do mundo, o Telescópio Gigante de Magalhães tem 25,4 metros de diâmetro e produzirá as imagens mais detalhadas já tiradas do Universo. O instrumento faz parte da próxima geração de telescópios gigantes terrestres que promete revolucionar nossa visão e compreensão do Universo. Ele está sendo construído no Observatório Las Campanas, no Chile. Atualmente, o GMT tem 40% da sua construção já concluída e a primeira luz está planejada para o início da década de 2030, também no Chile.

Mais informações no site GMT Brasil neste link . Acesse também a página do Instagram e o canal do YouTube

*Estagiária sob supervisão de Thais H Santos e Claudia Costa

Com informações da Assessoria GMT Brasil

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