Segundo Nísia Trindade, o governo do presidente Lula trabalha para reduzir o número de casos e o impacto da doença
A ministra da Saúde, Nísia Trindade , disse nesta 2ª feira (2.set.2024) que não há “condições” de eliminar a dengue no Brasil. Segundo a chefe do órgão, o objetivo do plano nacional que deve ser lançado na 1ª quinzena de setembro é reduzir o impacto da doença.
“Nós sabemos que não há condições de eliminar a dengue. Ela aparece há 40 anos, alguns anos mais forte, outros menos, e, agora, ampliou muito a escala” , declarou em evento do GT (Grupo de Trabalho) Saúde no G20 (grupo das 20 maiores economias mundiais), em Natal (RN).
Segundo Nísia, o plano terá como foco o controle da proliferação do mosquito Aedes aegypti , com o uso de tecnologias como a Wolbachia –que consiste em liberar mosquitos infectados pela bactéria e impedir o desenvolvimento do vírus–, além do “esforço para reduzir o número de casos”
“Nós vimos no ano passado um aumento exponencial de casos, que tem a ver com questões de cuidados, de urbanização e de mudanças climáticas muito fortemente. Sim, a dengue é uma preocupação e um grande desafio, mas nós estabelecemos responsabilidades do governo federal, dos Estados, dos municípios e estaremos preparados para um melhor enfrentamento” , declarou.
VACINA
A ministra voltou a classificar a vacina contra a dengue do Instituto Butantan como “grande aposta” do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) , apesar de campanhas de vacinação em massa não serem viáveis no curto prazo, já que o imunizante está em fase de testes.
“Além disso, vamos reforçar toda a rede de saúde para dar assistência adequada, porque a dengue é uma doença que nós conhecemos, é tratável, principalmente com hidratação, então temos tudo para reduzir o seu impacto” , afirmou.
Em janeiro de 2024, o Ministério da Saúde incorporou a 1ª vacina contra a dengue ao SUS (Sistema Único de Saúde), destinada a crianças de 10 a 14 anos.
Ao Poder360 , o órgão afirmou que a falta de doses suficientes para uma campanha de imunização mais ampla em 2025 não é um “problema” exclusivo do SUS (Sistema Único de Saúde), mas, sim, um reflexo de uma escassez generalizada dos imunizantes.