Coordenador de Agroenergia do Ministério da Agricultura deixou claro que, em São Carlos, é um centro de bioenergia apoiado pela Embrapa
O Governo Federal, por intermédio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, confirmou na sexta-feira, 24, que o Pólo Nacional de Biocombustíveis se mantém na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq-USP), ratificando o que vem sendo informado pelo diretor da Esalq, Antonio Roque Dechen, e publicado por A Tribuna. A informação contradiz comentários de que o polo teria sido transferido para a Universidade Federal de São Carlos (Ufscar).
“Apesar de o Polo ter sido criado por uma iniciativa do Governo Federal, ele está subordinado à Esalq-USP, onde atualmente é sua sede. Ele não foi transferido para São Carlos. O que ocorre é o desenvolvimento de um centro de bioenergia na Ufscar, apoiado pela Embrapa [Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária]”, explicou Tiago Quintela Giuliani, coordenador de Agroenergia do Ministério.
De acordo com Quintela Giuliani, o Polo foi implantado em novembro de 2004 com o objetivo de coordenar esforços e definir estratégias para pesquisas com diferentes fontes biomassa, como girassol, milho, amendoim, mamona, soja, gordura animal, madeira, carvão e a própria cana, bem como contribuir para o desenvolvimento de uma política de produção e promoção dos biocombustíveis no país.
Para a Embrapa, a Cidade da Bioenergia, com vem sendo chamada, está ainda em fase de estudos e será um centro de pesquisa, exposições e seminários em energia derivada de plantio agrícola. A meta principal é estimular parcerias entre o setor privado, as universidades e os centros de pesquisas, desenvolvendo negócios que aumentem o potencial econômico do Brasil. Já o Pólo será eminentemente voltado a pesquisas científicas, focadas nas biomassas.
Roque Dechen, em entrevista à Tribuna, disse que o Polo está em fase de reestruturação para que as três universidades do Estado (USP, Unicamp e Unesp) apresentem seus projetos, com a garantia da contrapartida necessária para o desenvolvimento das pesquisas. Ou seja, terão que se abrir para a participação de pesquisadores de todo o país.
Parcerias
Enquanto isso, a Esalq vem firmando parcerias com centros de pesquisas internacionais, ligados às principais universidades do mundo. No que diz respeito ao orçamento do Pólo, o governo federal ainda não definiu seus investimentos e o governo do estado confirmou a liberação de R$ 200 milhões até o final do ano que vem, via Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).