fabricante de equipamentos industriais Bardella iniciará, no início do ano que vem, a construção da primeira usina termelétrica a plasma do País para processamento de pneus usados e co-geração de energia elétrica. Com investimentos aproximados de R$ 4 milhões, o projeto terá duração de 18 meses.
Participarão do programa pesquisadores do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).
Além disso, a Embraer e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) irão investir cerca de R$ 8 milhões para implantar no ITA um novo túnel de vento para realizar simulações e ensaios aerodinâmicos de aeronaves.
Segundo Omar Samra, secretário executivo da Fundação Casimiro Montenegro Filho, projetos como esses poderão ser beneficiados pelo novo incentivo fiscal à inovação tecnológica criado sexta-feira pela Medida Provisória 66.
Ela prevê que, a partir de 1º de outubro, as empresas instaladas no País poderão deduzir integralmente do Imposto de Renda as despesas com pesquisa tecnológica e desenvolvimento de produtos nacionais.
"Esse é o doce tecnológico que todo pesquisador vai gostar. É o incentivo que estava faltando para que o País pudesse competir de forma igualitária com superpotências como os Estados Unidos", diz Samra. "Essa minirreforma é fruto de reivindicações feitas há muito tempo por entidades, como a Federação Centro do Estado de São Paulo (Fiesp), Sociedade Pró-Inovação Tecnológica (Protec) e Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei)", diz José Miguel Chaddad, diretor executivo da Anpei.
Segundo Chaddad, até agora as empresas eram incentivadas a importar tecnologia. "As empresas, ao comprar tecnologia de fora, poderiam deduzir no mesmo ano do Imposto de Renda. Mas, ao investir em tecnologia nacional, elas só poderiam deduzir totalmente suas despesas num prazo de quinze anos", diz.
"O setor de eletroeletrônica estava mesmo precisando de um estímulo como esse", disse Carlos de Paiva Lopes, presidente da Associação Brasileira da Industria Eletroeletrônica (Abinee), ao comentar o benefício fiscal criado pela Medida Provisória 66.
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DCI