O Estudo MINA – Materno-Infantil no Acre: coorte de nascimentos da Amazônia Ocidental Brasileira acaba de produzir novos resultados e tem dois artigos recém-publicados. Ambas as pesquisas foram realizadas com crianças nascidas na cidade de Cruzeiro do Sul, Acre.
O artigo Prolonged Breastfeeding and the Risk of Plasmodium vivax Infection and Clinical Malaria in Early Childhood: A Birth Cohort Study, recém-publicado na revista científica The Pediatric Infectious Disease Journal, tem Anaclara Pincelli como autora principal. Ela é aluna de doutorado pelo Instituto de Ciências Biomédicas da USP. O trabalho conta com a participação da professora Marly Augusto Cardoso, professora da FSP-USP responsável pela coordenação da coorte de nascimentos MINA Brasil, além de diversos pesquisadores ligados ao estudo.
A pesquisa conduzida por Pincelli e colaboradores observou uma associação entre o tempo de amamentação e o risco de infecção pelo Plasmodium vivax, parasita causador da malária que é transmitido por mosquitos. Durante a pesquisa, foram coletadas amostras sorológicas de 435 crianças amamentadas por um ano ou mais. Os cientistas observaram que essas crianças tiveram uma chance 79,8% menor de serem infectadas pelo parasita. Foram feitos testes sorológicos para três diferentes antígenos do agente, a fim de identificar a exposição das crianças ao Plasmodium vivax.
O trabalho foi premiado no 8th International Conference on Plasmodium vivax Research (ICPvR).
Confira a matéria publicada na Agência FAPESP.