Hoje, mais da metade do fertilizante fosfatado utilizado no país é importado
Um estudo apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) identificou 522 genomas (entre arqueias e bactérias) associados às raízes e ao solo de duas espécies vegetais nativas dos Campos Rupestres. Centenas de microrganismos que até então eram desconhecidos para a ciência eram identificados. A novidade é que esses mesmos microorganismos poderão ser usados como fertilizantes.
“O fósforo normalmente está presente no solo, mas nem sempre na forma que pode ser aproveitado pelas plantas. O que a maioria dos microrganismos que encontramos faz é tornar esse elemento solúvel para que as plantas possam absorvê-lo”, explica Antônio Camargo, autor do artigo publicado no ISME Journal.
A expectativa dos pesquisadores agora é que as descobertas possam contribuir para a criação de produtos que substituam os adubos químicos à base de fósforo, um dos nutrientes mais utilizados na adubação de lavouras no Brasil. Hoje, mais da metade do fertilizante fosfatado utilizado no país é importado, sobretudo do Marrocos, Rússia, Egito, China e Estados Unidos.
Por: AGROLINK -Iara Siqueira