Pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), em parceria com um produtor de antúrios de Holambra, desenvolveram um filme biodegradável à base de algas e nanocelulose que substitui materiais importados usados para reprodução de plantas. O filme, além de ser mais econômico, libera fertilizante de forma controlada, melhorando a nutrição das plantas e reduzindo perdas. A equipe utilizou carragena e alginato, polímeros extraídos de algas vermelhas e marrons, e adicionou nanofibras de celulose para aumentar a resistência do material.
Esse novo material, moldado em pequenos vasos para cultivo de plantas, é resistente o suficiente para sustentar a planta, mas sem impedir o crescimento das raízes. Em testes de campo, o filme demonstrou ser eficaz, desaparecendo completamente após 90 dias de uso e liberando nutrientes por diferença de potencial entre o fertilizante e o substrato. O Brasil, maior produtor mundial de celulose e com abundância de algas, tem potencial para fabricar o filme em larga escala, o que poderia substituir plásticos e microesferas usadas na agricultura.
Publicado pela Agência FAPESP em 19/09/2024
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