Estudo é de cientistas da Unifesp e da UFSCar; resultado de trabalho será testado em experimentos de campo no Ceará . O objetivo é avaliar a eficiência do material na remoção do óleo presente nas praias do estado nordestino. “Essas partículas nanomagnéticas permitem não só a limpeza das praias como também a recuperação do petróleo pelas empresas no caso de vazamentos. Outra vantagem é que são ambientalmente amigáveis, pois são feitas de compostos naturalmente encontrados na natureza”, disse à Agência Fapesp Geórgia Labuto, professora da Unifesp, câmpus de Diadema.
Nos últimos dias de agosto, manchas de óleo começaram a aparecer em praias do litoral do Nordeste. O problema começou na Paraíba e rapidamente se Segundo o último balanço do Ibama, 166 locais em 72 municípios de 9 estados tiveram suas praias afetadas pelo material, que é o
As praias nas quais os vestígios de petróleo cru mais caíram se concentram entre Maranhão e o norte de Pernambuco. O balanço divulgado pelo Ibama no dia 5 de dezembro aponta que ao menos 127 municípios de todos os nove Estados do Nordeste, além de Espírito Santo e Rio de Janeiro, foram atingidos pelas manchas de óleo desde setembro. Elas se espalharam por 899 praias, ilhas, rios e mangues nesse período.
Ainda assim, 325 localidades (o Ibama chama de localidades áreas de 1 km ao longo da costa) já são consideradas limpas – e esse número vem aumentando. Vinte e seis apresentam manchas e outras 548 têm menos de 10% de contaminação. Clique aqui para checar as condições da praia para onde você vai próximo à data de sua viagem.
Sobe para 779 número de locais afetados por óleo no Nordeste
O número de locais afetados por óleo no Nordeste, no Espírito Santo e no Rio de Janeiro subiu para 779, segundo levantamento divulgado na terça-feira, 26, pelo Ibama. Pelo menos 124 municípios foram atingidos. De acordo com o órgão ambiental, 23 locais ainda estão com manchas, outros 446 têm fragmentos e 310 já foram limpas. Em Alagoas, na Bahia, no Piauí e em Sergipe estão os pontos com mais de 10% de contaminação. Pelo menos 33 dos locais que ainda têm óleo estão localizados na Área de Proteção Ambiental Costa dos Corais, maior unidade de conservação federal marinha costeira do Brasil, que abrange Pernambuco e Alagoas.
Um relatório da Petrobras afirma que as manchas que estão poluindo praias do Brasil são uma Equipes do governo já recolheram 133 toneladas de óleo desde o mês passado no Nordeste . Foi descartado que o óleo tenha brotado de uma fissura no fundo do mar o que seja fruto da limpeza de
É seguro comer peixe?
A Secretaria de Defesa Agropecuária divulgou um estudo em 29 de novembro no qual foram encontrados “níveis de preocupação à saúde” em duas amostras de pescados (albacora branca e budião) de um total de 68 analisadas. Por isso, o órgão afirma que vai aumentar a amostra de análise das duas espécies.
Ainda assim, a nota oficial afirma que não há risco para o consumo de peixes e frutos do mar. Segundo o órgão, o risco só estaria presente se houvesse o consumo contínuo do mesmo produto com esses níveis durante vários anos. Pesquisadores da Universidade Federal da Bahia (UFBA), contudo, contestam esses estudos sob a justificativa de que não há dados suficientes para confirmar ou refutar a liberação para o consumo desses animais.
CPI levanta dúvidas sobre ações do Governo em conter óleo no Nordeste
Os especialistas convocados afirmaram que o governo demorou para agir e ignorou procedimentos importantes para evitar o agravamento da situação , como demonstrou desconhecimento da validade de imagem de satélites para detectar a origem e o destino do petróleo cru vazado no Oceano Atlântico.Presidente da CPI, o deputado João Campos (PSB-PE) afirmou, ao fim do encontro, que a apresentação dos especialistas deixou claro que o avanço do óleo pelas praias do Nordeste era mais previsível do que o governo fez crer.
Praias de nove estados da região Nordeste já foram atingidas pelo petróleo que começou a aparecer na costa no início de setembro. De acordo com o Ibama, já são quase 132 praias atingidas em todo o Nordeste em quase 60 municípios. Último estado livre das manchas de óleo , a Bahia foi afetada
Maranhão, Piauí e Ceará
No Maranhão, 21 localidades ainda têm vestígios esparsos (menos de 10%) e outros 15 já não apresentam manchas. As duas localidades em que foram encontradas manchas ficam em Tutoia, próximo à Ilha do Caju. No Piauí, apenas a Praia do Pontal e o Delta Sul do Parnaíba têm manchas. A famosa Atalaia apresenta mais pontos verdes (sem manchas) do que cinza (com vestígios esparsos). Já no litoral cearense há apenas 9 pontos com vestígios esparsos. Na praia de Cumbuco há apenas um ponto com vestígios; não foram encontrados sinais na região de Jericoacoara.
Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco
No Rio Grande do Norte, 61 lugares são considerados limpos – entre eles, a Praia de Touros, em São Miguel do Gostoso, e Genipabu. Em Pipa e Ponta Negra foram encontrados apenas vestígios – elas estão entre as 14 localidades que se encaixam nesse caso. Na Paraíba, há vestígios entre Tambaú e Cabo Branco e próximo à Tambaba, em apenas 4 localidades no Estado. Dezesseis são consideradas limpas. Em Pernambuco, há apenas uma área com manchas – a maior concentração de vestígios está no litoral sul, na região de Tamandaré. Foram 21 localidades com vestígios esparsos, incluindo áreas em Porto de Galinhas, Muro Alto e Carneiros.
Como os materiais magnéticos podem ajudar a remover o petróleo da água
Pesquisadores da Univerisdade Federal de São Paulo (Unifesp) e da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) estão desenvolvendo um material magnético que possa auxiliar na remoção do petróleo da água. A solução seria de grande ajuda em casos de derramamento como o ocorrido no litoral brasileiro nos últimos meses. Tratam-se de materiais híbridos compostos por magnetita e biomassa de levedura resultante de resíduos da fermentação na indústria de etanol. Essa junção dá origem aos chamados bionanocompósitos, que podem ser usados para remover petróleo cru e outros tipos de óleos da água.
Alagoas, Sergipe e Bahia
Alagoas ainda tem 4 áreas com manchas (na Praia do Gunga, na Foz do Rio Manguba, em Pariupueira e no Pontal de Coruripe) e 84 com vestígios; 27 são consideradas limpas – entre elas, Maragogi. No litoral sergipano, foram encontradas 5 áreas com manchas (uma delas, na região de Mangue Seco) e 73 com vestígios; 17 são consideradas limpas. Maior Estado do Nordeste, a Bahia tem 12 localidades com manchas e 237 com vestígios, mas 91 foram consideradas limpas.
Espírito Santo e Rio
Não há áreas com manchas no litoral capixaba, mas 73 localidades com vestígios e 31 consideradas limpas. No Rio, há apenas 4 pontos, no norte do Estado, entre a Praia dos Sonhos e Grussaí: dois estão limpos e dois, com vestígios.