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Máscara criada na USP protege contra Covid-19 e gripe (58 notícias)

Publicado em 10 de junho de 2022

Dado o aumento significativo do número de casos de Covid-19 no país, vários governos municipais voltaram a recomendar o uso de máscara em ambientes fechados. Uma orientação que também pode ajudar a conter o avanço do vírus influenza, que causa infecção do sistema respiratório com alta mortalidade entre grupos vulneráveis.

A boa notícia é que existe uma máscara capaz de inativar ambos os vírus. Já comercializado com o nome Phitta Mask, o produto foi desenvolvido no Instituto de Química da Universidade de São Paulo (IQ-USP) em parceria com a empresa Golden Technology.

O tecido da máscara é impregnado com um composto químico, Phtalox, capaz de eliminar as partículas virais no momento em que entram em contato com a máscara. Em questão de segundos, a camada mais externa do vírus é destruída, impedindo sua replicação.

Em 2020 e 2021, o Instituto de Ciências Biomédicas (ICB-USP) realizou testes que confirmaram sua eficácia (99%) contra o SARS-CoV-2 e suas variantes ômicron, delta, gama (P1) e zeta (P2). Com a gripe não foi diferente.

“Os resultados dos exames laboratoriais nos deixam muito à vontade. A máscara eliminou 100% dos vírus, tanto influenza A quanto influenza B. Isso é muito importante porque é uma doença com alta mortalidade, principalmente entre gestantes, idosos e crianças”, afirma o virologista Edison Luiz Durigon, pesquisador do ICB- USP com apoio da FAPESP e coordenador das análises.

Os testes foram realizados em microplacas contendo as culturas celulares, onde os vírus foram cultivados. Pedaços do tecido da máscara foram então contatados com os vírus, quando foram completamente inativados ao microscópio, ao contrário dos testes de controle (placas apenas com os vírus). “Assim como no caso do coronavírus, o Phtalox também permanece ativo por até 12 horas, proporcionando proteção contra a gripe durante todo esse período”, explica o virologista.

Durigon acredita que haverá surtos sazonais e intercalados de COVID-19 e gripe no futuro. “Portanto, é importante que a sociedade continue usando máscara, especialmente em ambientes de maior risco, como hospitais, transporte público, aeroportos e viagens aéreas”.

Para o CEO da Golden Technology, Sérgio Bertucci, a máscara também tem um papel importante do ponto de vista ambiental. “Enquanto uma máscara cirúrgica convencional precisa ser trocada a cada três horas, a nossa garante proteção por até 12 horas, o que reduz significativamente o número de unidades descartadas no meio ambiente”, afirma.