O estado do Maranhão deverá registrar, até 2035, a menor densidade de médicos por mil habitantes no Brasil, com uma projeção de apenas 2,43 profissionais por mil habitantes, segundo o estudo Demografia Médica no Brasil 2025, divulgado pelo Ministério da Saúde em parceria com a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), nesta última quarta-feira, 30. Atualmente, o Maranhão conta com 8.871 médicos, o que representa uma média de 1,27 por mil habitantes, muito abaixo da média nacional.
Em 2024, o Brasil tem 2,98 médicos por mil habitantes, superando países como os Estados Unidos e Coreia do Sul, mas ainda abaixo da média dos países da OCDE, que é de 3,70. Apesar da previsão de crescimento na oferta de médicos até 2035 — com projeção de 1,15 milhão de médicos e uma densidade de 5,25 por mil habitantes —, a distribuição desigual entre as regiões deve persistir.
Enquanto estados como Distrito Federal (11,83) e Rio de Janeiro (8,11) continuarão com altos índices, os estados da Amazônia Legal e do Nordeste, como Maranhão (2,43), Pará (2,56) e Amapá (2,76), devem permanecer com números bem inferiores.
A concentração de médicos seguirá mais acentuada nas regiões Sudeste e Sul, especialmente em estados como São Paulo (7,17), Minas Gerais (6,62) e Rio Grande do Sul (6,68).
Outro destaque do levantamento é que, desde 2001, o número de médicos cresceu a uma taxa superior à da população. Enquanto a expansão da categoria chegou a 5% ao ano em alguns períodos, o crescimento populacional caiu de mais de 1% ao ano para patamares ainda menores.