Na carona do pronunciamento presidencial de que o Brasil já pode traçar suas metas e ações livre do jugo do FMI, vou aproveitar para tratar de uma questão que me preocupa e a tantos brasileiros que sonham com um País soberano, livre e altaneiro. Uma reflexão provocada a partir da entrevista concedida à Fapesp — Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo — pelo professor Adalberto Luís Val, da Universidade do Estado do Amazonas, pesquisador do Inpa — Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia. Segundo ele, apenas 30% das informações científicas sobre a Amazônia são produzidas no Brasil. O restante vem de fora, quase sempre sem a participação de brasileiros. Traduzindo, estamos longe do mínimo da autonomia, temos uma distância abissal da soberania. Não conhecemos nossas riquezas. Desconhecemos nossas fontes primárias de ciência e soberania. O mais grave, como atesta o professor, é que "esse hiato tem aumentado ao longo do tempo".
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Diário do Nordeste