O Instituto Mauá de Tecnologia (IMT) concluirá, até o final deste ano, a transferência de seu laboratório de ensaios em motores para um novo prédio, cuja construção demandou investimentos da ordem de R$ 1,5 milhão. O empreendimento prevê a cooperação de empresas privadas, como a General Motors do Brasil, Lubrizol. KS Pistões, Cooper Tools e, mais recentemente, a norte-americana AlliedSignal, líder mundial na fabricação de autopeças.
Cada parceiro entrou com um "empréstimo" de cerca de US$ 36 mil - um adiantamento a ser pago em serviços no laboratório. "É um contrato duplamente vantajoso. Além da injeção de capital, assegura o volume de serviço da divisão", comenta Paulo Sérgio Colli Bogus, diretor do centro de pesquisas do IMT.
Apesar de as novas instalações estarem concluídas, Bogus explica que a transferência dos oito bancos dinamométricos não pode ser feita de imediato, para não atrapalhar os serviços já contratados. Além disso, o instituto não quer perder a possibilidade de fechar outros negócios. No início deste mês, o primeiro dinamômetro já foi realocado para o novo laboratório, que tem mil metros quadrados de área construída.
Depois de firmar parceria com o IMT, a AlliedSignal contratou o instituto para assessorá-la na elaboração de um projeto e no acompanhamento da construção de um laboratório dentro da própria empresa. De acordo com Christian Streck, engenheiro de aplicações da AlliedSignal, o laboratório será implementado para atender a seus principais clientes - Mercedes-Benz, Maxion, MWM, Scania e Volvo.
A empresa pretende trabalhar junto às montadoras de caminhões e ônibus para o desenvolvimento de turboalimentadores (compressor acionado por uma turbina que é movimentada pelos gases de escape do motor) que atendam aos pré-requisitos solicitados. Assim, será possível aumentar cada vez mais a potência dos motores, ao mesmo tempo em que diminui o consumo de combustível e o nível de emissão de poluentes.
O laboratório - no valor de US$ 500 mil e que deverá estar em funcionamento dentro de quatro meses - será totalmente automatizado e capacitado a medir o nível de emissão de poluentes dos motores a diesel. Segundo Streck, esse será o segundo laboratório do gênero no Brasil (apenas a Bosch possui um similar). Mas o engenheiro ressalta que a AlliedSignal vai continuar usando os serviços do IMT, no qual pretendem fazer testes de desempenho e durabilidade.
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Gazeta Mercantil