Mais saúde e educação – Os Estados e o Distrito Federal gastaram R$ 133,09 bilhões nas áreas de saúde e educação entre janeiro e junho deste ano. O montante representa aumento real de 12,4% em comparação ao mesmo período do ano passado e de 16,5% em relação a 2019, ainda no pré-pandemia. O ritmo mais acelerado que a média fez a soma de saúde e educação avançar de 27,6% para 30,3% das despesas totais de 2019 para este ano, considerando o primeiro semestre. Os dados são do Centro de Estudos da Metrópole (CEM/Fapesp). Para especialistas, sucessivas condições extraordinárias que marcam o atual mandato dos governadores, como a pandemia de covid-19 e a arrecadação surpreendente de 2021, contribuíram para gastos maiores dos Estados com educação e saúde. Estudiosos de contas públicas, porém, lembram que a arrecadação recorde de 2021 resultou de fatores conjunturais e não deve se repetir, principalmente em razão da redução da alíquota do ICMS para energia e combustíveis, por exemplo. O estudo ainda mostra que, puxadas por investimentos mais altos em ano eleitoral, áreas ligadas à infraestrutura, como transportes, habitação e saneamento, foram contempladas com mais verbas. Segurança e previdência perderam participação relativa, porque cresceram menos que outras áreas.