Os machos com maior qualidade genética têm menos filhos em relação aos que são geneticamente desfavorecidos. As conclusões são de um estudo publicado na edição desta sexta-feira da revista «Science».
Um estudo realizado por investigadores da Universidade de Uppsala, na Suécia, e pela Universidade de Aarhus, na Dinamarca, revelou que os machos com maior qualidade genética são aqueles que têm menos filhos.
Ao avaliar besouros da espécie Callosobruchus maculatus, os investigadores descobriram que os machos com maior taxa de paternidade eram, justamente, os geneticamente mais desfavorecidos.
O novo estudo contraria a ideia de que as fêmeas tinham relações com vários machos para poder escolher, entre os parceiros, o que tivesse os espermatozóides com menor qualidade genética, revela a Agência FAPESP.
De acordo com líder da investigação, a pesquisa demonstrou que os genes que são bons para os machos são, frequentemente, maus para as suas parceiras.
O especialista explica ainda que o comportamento promíscuo das fêmeas pode dever-se a um conflito entre alelos «sexualmente antagónicos», que são benéficos para um sexo mas apresentam prejuízos para o outro.