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Diário do Litoral (Santos, SP) online

Luz dos vagalumes pode auxiliar no estudo de doenças, revela pesquisa (27 notícias)

Publicado em 11 de fevereiro de 2025

Iniciativa foi descoberta no campus de Sorocaba da Universidade Federal de São Carlos

A luz dos vagalumes podem ser mais especiais do que muitos imaginam. Graças a um estudo descoberto no campus de Sorocaba da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), foi descoberto um biossensor capaz de indicar mudanças no ph das células de mamíferos.

A iniciativa não só poderá ser útil na avaliação da toxicidade de um candidato a fármaco, como também no estudo de doenças.

A luciferase da espécie Amydetes vivianii (vagalume da família Lampyridae) mudam de cor, passando do verde-azulado para o amarelo e o vermelho, à medida que a acidez diminui em fibroblastos, o tipo celular mais normal do tecido conjuntivo.

A ação acontece com bastante intensidade e estabilidade, pelos quais são bastante diferentes de outras luciferases testadas pelos pesquisadores.

As enzimas encontradas em seres vivos bioluminescentes geram uma luz quando oxidam a luciferina, um composto que também precisa estar presente no processo.

De acordo com Vanessa Bevilaqua, primeira autora do artigo e bolsista de pós-doutorado na Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), dentro da célula, as mudanças de pH podem ser indicadoras de processos como homeostase, proliferação e morte celular, entre outros.

Já outras luciferases testadas pelo grupo produziam luz avermelhada e que muda de cor na temperatura de 36ºC, em que as células de mamíferos funcionam.

Já outro estudo da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) em parceria com a Universität Berlin, na Alemanha, realizou um estudo recente e encontraram microplásticos no cérebro de pessoas que viveram por pelo menos 5 anos em São Paulo.

*Com informações da Agência FAPESP