Ênfase ao desenvolvimento de aplicações tecnológicas com possibilidades para várias aplicações, como o desenvolvimento de catalisadores mais eficientes e econômicos para a indústria de aços e ligas metálicas de melhor qualidade, aprimoramento de outros produtos e tecnologia. Esse será o foco do Centro Cesar Lattes, que será inaugurado hoje (4), às 12h, em Campinas (SP), com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e do ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende.
Com uma área de 2.200 m2, o prédio que abriga o Centro foi projetado especialmente para experimentos de alta precisão. O espaço obedece aos mais avançados conceitos técnicos, de forma a alcançar os requisitos em termos de estabilidade de temperatura e proteção dos equipamentos contra vibrações e ruído eletromagnético. Na obra foram investidos R$ 6 milhões, recursos provenientes da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCT).
A unidade concentrará ferramentas tecnológicas de última geração, financiadas pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), com investimento na ordem de US$ 2,5 milhões. Entre os destaques está o microscópio eletrônico de transmissão analítica para nanocaracterização espectroscópica de materiais, em fase de instalação. Com esse aparelho é possível não só visualizar estruturas nanométricas, como identificar quais os elementos químicos que compõem o material.
Construído a partir de 1987, o LNLS começou a disponibilizar em julho de 1997 as primeiras linhas de luz e suas estações experimentais para a comunidade científica e tecnológica. A fonte de luz síncrotron é uma poderosa ferramenta que permite o estudo de materiais com feixes de raios X, ultravioleta e infravermelho nas áreas de física, química, engenharia de materiais, meio-ambiente, ciência da vida, entre outras. Primeiro laboratório do gênero do Hemisfério Sul, o LNLS integrou a capacidade de pesquisa de luz síncrotron com Centro de Nanociência e Nananotecnologia e um Centro de Biologia Molecular Estrutural, ampliando a capacidade de suas instalações experimentais, sempre dentro do modelo institucional de um laboratório nacional, aberto, multiusuário e multidisciplinar.
Ao longo destes 21 anos, o LNLS recebeu em suas instalações mais de 6 mil pesquisadores de todo o Brasil e do exterior e vem se destacando como um dos poucos do mundo a dominar know-how para construir seus próprios equipamentos científicos. Para sua operação, o LNLS recebe recursos do governo federal por meio de contrato de gestão assinado por sua operadora - a organização social Associação Brasileira de Tecnologia de Luz Síncrotron (ABTLuS) - com o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT).