A Prefeitura de Mogi dá continuidade aos trabalhos que visam a recuperação do extinto Aterro Sanitário da Volta Fria. Ontem, a Administração Municipal iniciou os serviços de implantação de drenos no local, que servem para eliminar os gases formados pelo acúmulo de lixo.
Para a instalação dos drenos, há necessidade de perfurar o solo profundamente, o que está sendo feito por meio de uma parceria com o engenheiro químico mogiano André Wagner Oliani Andrade, que obteve autorização da Prefeitura para fazer um estudo arqueológico do lixo depositado na Volta Fria durante cerca de 20 anos de funcionamento do aterro sanitário.
A desativação oficial do Lixão da Volta Fria, em março deste ano, colocou um ponto final numa novela que teve como enredo principal, por mais de duas décadas, a degradação e a poluição ao meio ambiente. O Aterro, que recebia cerca de 200 toneladas de lixo, por dia, só foi extinto após a terceirização da limpeza pública.
Aproveitando as perfurações que estão sendo feitas para o estudo arqueológico, a Prefeitura colocará os drenos para liberação e queima dos gases produzidos pelo acúmulo do lixo. A Administração Municipal também já encaminhou para análise da Cetesb o Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (Prad). O documento irá estabelecer quais as ações a serem implementadas no local.
O trabalho no Lixão faz parte da tese de doutorado de Andrade, por meio do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo (USP). Todo material necessário às perfurações, como a máquina perfuratriz, por exemplo, e para a posterior análise do lixo estão sendo financiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
Notícia
O Diário (Mogi das Cruzes)