Arlenice Almeida da Silva, professora de Estética e Filosofia da Arte na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), examina os primeiros escritos do filósofo György Lukács no livro Estética da resistência: A autonomia da arte no jovem Lukács (2021, Boitempo). A publicação contou com apoio da FAPESP.
Com base em ensaios, cartas, diários e manuscritos inacabados de Lukács, escritos entre 1908 e 1918, a autora demonstra a atualidade e a relevância da primeira estética do filósofo húngaro, buscando preencher uma lacuna nos estudos sobre essa fase do pensamento lukacsiano no Brasil.
Lukács foi um filósofo e historiador literário húngaro marxista. Como crítico literário, foi especialmente influente, sendo reconhecido como o precursor dos estudos sociológicos da literatura ficcional.
Na primeira parte do livro, concentrada na produção ensaística, Silva busca demonstrar como, a partir de sua inserção na crítica de arte da vanguarda húngara, o filósofo articula uma relação original entre crítica de arte, ensaio e filosofia da arte.
Na segunda parte, a publicação examina os manuscritos publicados postumamente: Heidelberger Philosophie der Kunst (1912-1914) e Heidelberger Ästhetik (1916-1918). Nessas duas obras inacabadas são examinados os princípios empregados por Lukács para fundamentar a arte de modo geral.
O livro possui 400 páginas, custa R$ 79 e pode ser comprado pelo site da editora Boitempo.
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Fonte: Agência FAPESP