As eleições de 2018 foram marcadas pelo protagonismo das redes sociais e das plataformas de mensagens, o que resultou em um “tsunami” de notícias falsas distribuídas em massa.
Muito embora a divulgação de fake news em tempos eleitorais não seja exatamente uma novidade no Brasil, o volume, o modo como elas foram distribuídas – sobretudo via disparos de Whatsapp – e a enorme pressão sobre o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) são inéditos. Essa é a conclusão do livroFake News e eleições – estudo sociojurídico sobre política, comunicação digital e regulação no Brasil.
Lançado este ano pela Editora Fi, e com versão on-line gratuita, o trabalho é resultado de um projeto de pesquisa sobre o direito à privacidade e o processo eleitoral brasileiro, apoiado pela FAPESP e realizado por pesquisadores da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (FD-USP). No trabalho, os pesquisadores analisaram a judicialização da distribuição de notícias falsas em massa nas eleições e mapearam os movimentos que o Judiciário adotou para lidar com o novo problema.