A dengue está se tornando um problema crescente em São Paulo, e a prefeitura está trabalhando intensamente para prevenir o mosquito transmissor da doença.
A diretora de Vigilância em Saúde, Renata Martins, afirma que os agentes estão nas ruas vistoriando as residências e áreas de risco todos os sábados. No entanto, a população também precisa fazer sua parte e vistoriar seus imóveis toda semana por pelo menos 10 minutos.
Um levantamento da prefeitura revelou que nos imóveis pesquisados foram localizados 1.016 recipientes propensos à formação de criadouros do mosquito Aedes aegypti. Desse total, 801 apresentavam água e 67 abrigavam larvas do mosquito. Os dados mostram que os materiais inservíveis devem ser descartados e os demais armazenados em locais cobertos.
As regiões com maior incidência de criadouros estão localizadas nos bairros América, Anavec I, II, Asbhar, Bandeirantes, Boa Vista, Granja Machado, Hortência, Queiroz, Santa Catarina e São José. Em segundo lugar, está o setor que abrange os bairros Gonzaga, José Geraldo Cristovam, Maria Flora, Maria Helena, Mediterrâneo, Real Parque, Rocha (Vl), San Marino, Santa Cecíla, Santa Lina (Jd e Vl), Santa Rosália, Santana, São Geraldo, São João (Vl), São Manoel, Centro, Cidade Jardim, Vila Cláudia (I e II), Cristovam, Esteves (Vl e Jd), Fascina, Mercedes, Montezuma, Palmira, São Roque (Vl), Sonia, Tank e Primavera (Vl).
A população deve vistoriar seu imóvel pelo menos uma vez por semana para eliminar possíveis criadouros do mosquito. Além disso, é recomendado descartar objetos inservíveis que possam acumular água, guardar em local coberto itens como baldes e garrafas, limpar regularmente as calhas e colocar água sanitária nos ralos.
O Governo de São Paulo decretou situação de emergência em saúde pública no estado em razão da epidemia por dengue. A medida foi anunciada pelo secretário de Estado da Saúde, Eleuses Paiva, durante reunião do Centro de Operações de Emergências para as arboviroses.
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou que serão repassados R$ 8,7 milhões para o Departamento Regional de Saúde (DRS) de Piracicaba combater o avanço da dengue. Além disso, a SES está prevendo o envio de mais de 2 milhões de testes rápidos de dengue aos municípios de São Paulo.
O Instituto Butantan desenvolveu a vacina Butantan-DV contra a dengue e começou a fabricar as primeiras doses. A vacina protegerá dos quatro tipos da doença por pelo menos cinco anos e tem uma taxa de eficácia geral de 79,6%.