Em entrevista concedida à ABJC, a editora da revista Terra da Gente, Liana John, que esteve por 15 anos à frente da editoria de Ciência e Meio Ambiente da Agência Estado, destaca a importância de sua experiência trabalhando ao mesmo tempo com Jornalismo Científico e Jornalismo Ambiental. Para ela, são temas indissociáveis. A jornalista comenta a dificuldade em cobrir a área no Brasil, onde a prática do Jornalismo Ambier ainda é recente. Mas afirma: "quem sai do lugar comum e publica o que o Brasil produz tem retorno garantido do público leitor".
Para Liana, a cobertura predominante sobre pesquisas científicas internacionais é "uma questão comodidade": é trabalhoso para o jornalista buscar teses e artigos de pesquisadores brasileiros entrevistá-los e, por vezes, ter que vencer a resistência do pesquisador em divulgar seu trabalho na imprensa leiga. "O espaço dedicado à Ciência e ao Meio Ambiente precisa ser diariamente conquistado nos jornais e nas revistas semanais de informação", assegura.
A jornalista ressalta que a época em que os profissionais responsáveis pela cobertura de Meio Ambiente eram militantes e lidavam com as denúncias terminou nos anos 80. Considera-se par de uma segunda geração de jornalistas ambientais brasileiros que, sem deixar de fazer as denúncias, optou por uma aproximação com a Ciência. Liana conta como está enfrentando a mudança de empresa, depois de sair de uma agência reconhecida nacionalmente para investir uma nova revista, especializada.
Confira a entrevista completa em www.abjc.org.br
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