Notícia

Yahoo! Esportes

Levedura da cachaça pode prevenir a asma, mostra estudo; entenda (69 notícias)

Publicado em 24 de fevereiro de 2023

Por O Globo

Uma levedura utilizada na produção da cachaça artesanal, e em outros alimentos, como cerveja e pão, pode prevenir os sintomas da asma, quadro que provoca uma inflamação das vias aéreas e consequente dificuldade na respiração. O efeito foi observado por meio de uma dose diária da levedura isolada, a Saccharomyces cerevisiae UFMG A-905, em estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), publicado na revista científica Probiotics and Antimicrobial Proteins.

Esqueça a data de validade das embalagens: Bem conservados, os alimentos duram muito mais tempo; saiba quais

Higiene oral está em dia? Veja cinco informações que os dentistas gostariam que todos soubessem

Os cientistas explicam que os tratamentos com probióticos, como a levedura, já são utilizados para prevenção e tratamento de uma série de doenças, e despertam o interesse por serem de fácil acesso e geralmente com pouco ou nenhum efeito colateral. Isso porque são microrganismos cuja ingestão traz benefícios à saúde entre outros motivos por atuarem no equilíbrio da flora intestinal.

Porém, eles ressaltam que trabalhos que definem a dosagem e o regime de administração ideais para cada objetivo ainda são escassos. É o caso da S. cerevisiae UFMG A-905, que embora tivesse o potencial para atenuar sintomas da asma já conhecido, ainda não era claro o quanto era necessário.

No estudo, feito com camundongos, os pesquisadores testaram uma série de esquemas diferentes e concluíram que o ideal é uma dose diária da concentração de 109 UFC/ml (Unidades Formadoras de Colônias por mililitro da solução) – em média 10 bilhões de bactérias benéficas por mililitro.

“É preciso entender que os probióticos funcionam como medicamentos, ou seja, não adianta tomar de vez em quando ou na dose inadequada”, explica Marcos de Carvalho Borges, professor do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP) e orientador do estudo, em comunicado da Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo (FAPESP), que apoiou o trabalho.