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Levantamento geofísico na Amazônia Oriental: como encontrar artefatos arqueológicos com ajuda da tecnologia (4 notícias)

Publicado em 01 de fevereiro de 2025

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Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e do Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo (IPT) conduziram um levantamento pioneiro de radar de penetração no solo (GPR) para investigar um sítio arqueológico subaquático na região da Amazônia Oriental, onde está localizada a Aldeia de Jenipapo (MA).

O sítio arqueológico, situado no Pantanal Maranhense, foi habitado por populações indígenas durante o período pré-colonial.

Os resultados do estudo – apoiado pela FAPESP por meio de dois projetos (20/15560-5 e 22/12482-9) – foram publicados no Journal of Archaeological Science Reports.

O trabalho mostrou a eficácia do método GPR na identificação de um pilar de madeira subaquático e na localização de artefatos arqueológicos no leito do rio, contribuindo para o avanço do conhecimento da arqueologia amazônica no Brasil.

Foram realizados 12 perfis GPR com antenas de 270 MHz em um barco de borracha, mapeando o fundo do rio Turiaçu e os topos dos pilares de madeira. A análise dos dados indicou a presença de reflexões no fundo do rio e hipérboles de difração relacionadas aos pilares de madeira.

Uma modelagem numérica GPR foi utilizada para simular as hipérboles de difração e auxiliar na interpretação dos resultados, corroborando a eficácia do método.

Os pesquisadores ressaltam que a localização das hipérboles de difração pode guiar os mergulhadores na busca e coleta de artefatos ao redor dos pilares de madeira, contribuindo para a otimização dos custos da investigação arqueológica.

O estudo completo pode ser acessado em: www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S2352409X23002894.

Informações da Agência FAPESP