A primeira lente nacional utilizada em sensores de presença para alarmes começará a ser fabricada pela brasileira Portas e Portões Automáticos e Alarmes (PPA). Com investimentos de R$ 150 mil, o novo produto deverá substituir os US$ 15 mil gastos por mês pelas empresas na importação desse material no País.
Os valores podem não ser tão expressivos, mas representam a independência tecnológica, possibilidade de desenvolvimento de novos produtos e abertura de mercados para exportação, segundo Wagner Luis Peres, vice-presidente da PPA.
Para Peres, investir em inovação é estar 'antenado' com as mais recentes tecnologias são as principais causas de crescimento da empresa.
A PPA nasceu, em 1983, no fundo de uma oficina de autopeças de caminhões em Garça, interior paulista, fabricando automatizadores de portões. Ela foi fundada por Flávio Peres e nenhum dos três sócios têm curso superior. Só neste ano, a PPA prevê faturar R$ 51 milhões. A empresa tem 125 distribuidores no País e registra uma expansão média anual de 15%.
Neste ano, irá investir R$ 3,5 milhões em P&D, e a previsão é aplicar mais R$ 5 milhões, em 2003, no desenvolvimento de novos projetos nas áreas de câmeras e interfonia. E espera obter R$ 4,8 milhões, em 2002, originários de exportações para cerca de 22 países.
Além disso, com investimentos de US$ 600 mil, implantou no ano passado uma fábrica no México, a Mexppar.
A unidade fatura US$ 1,7 milhão por ano e produz mil automatizadores ao mês.
A expectativa, segundo Peres, é ser líder no mercado mexicano. Para isso, a empresa pretende dobrar sua receita a cada ano.
Atualmente, a Mexppar domina 15% do mercado. "Somos os únicos fabricantes de automatizadores de portões no México. Esse país é estratégico, pois pretendemos exportar para os Estados Unidos. Canadá e até mesmo implantar fábricas nesses países", diz o vice-presidente.
NOVA LENTE
A nova lente foi criada em parceria com a Escola de Engenharia de São Carlos, da USP.
Será desenvolvida uma nova lente, que permitirá discernir a presença de pessoas e animais.
A primeira fase receberá recursos de R$ 75 mil da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e na segunda, R$ 300 mil.
A USP São Carlos desenvolve pesquisas na área óptica há mais de cinco anos.
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DCI