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Leilão Sant'Anna oferta soluções para produção pecuária nos trópicos (16 notícias)

Publicado em 13 de agosto de 2020

De importador de alimentos na década de 1980 a, atualmente, exportador para mais de 180 países, a rápida escalada da produção de alimentos no Brasil foi possível graças à habilidade dos pesquisadores e dos produtores rurais brasileiros, responsáveis por desenvolver o conceito de agropecuária tropical.

Dez anos depois, a pecuária brasileira iniciava seu caminho rumo à liderança das exportações mundiais de carne bovina. Posição, hoje, consolidada com ajuda das raças zebuínas e do intenso trabalho de melhoramento genético promovido pelos criadores brasileiros nos últimos 60 anos. E por participar de todo este processo é que a Fazenda Sant’Anna mostra, mais uma vez, sua contribuição à pecuária nacional.

No dia 13 de setembro (domingo), realiza a oferta de 180 touros das raças Nelore e Brahman, além de alguns lotes de matrizes Girsey, oriundas do cruzamento entre Gir Leiteiro e Jersey. O início do remate está marcado para 14 horas (horário de Brasília), mas a transmissão do Canal Terraviva acontece já a partir do meio-dia.

Excepcionalmente em 2020, o leilão ocorre em caráter virtual, ainda assim visitas monitoradas poderão ser agendadas previamente para apresentação dos lotes à venda, seguindo-se, rigorosamente, as recomendações do Ministério da Saúde para prevenção da Covid-19.

“Sempre buscamos fornecer aos pecuaristas uma genética funcional, preparada para responder a pasto e propiciar no fim da cadeia produtiva, mais rendimento de carcaça e uma carne macia, saborosa”, aponta Bento Abreu Sodré de Carvalho Mineiro, diretor da Fazenda Sant’Anna.

Etapas do processo

O crescente desenvolvimento demográfico gera constante preocupação com a segurança alimentar da população mundial. Antevendo tais demandas, desde sua fundação, a Fazenda Sant’Anna sempre buscou soluções para melhoria dos índices de produtividade da pecuária nacional

“Em 1974 a Sant’Anna, iniciou a seleção da raça Nelore na fazenda. Desde então nunca abriu mão da funcionalidade, uma característica que leva o animal a ter maior eficiência e sustentabilidade, mas sem perda de rusticidade ou caracterização racial”, explica o diretor da Fazenda Sant’Anna.

Também com vistas à qualidade de carne, em parceria com o renomado restaurante Rubaiyat, a genética Sant’Anna chegava também aos pratos dos mais exigentes consumidores por meio do gado Brangus, composto por 5/8 de sangue Angus e 3/8 Nelore, substituído em 1994 pela raça Brahman.

Brahman é uma raça zebuína sintética, mas com a mesma qualidade de carcaça e qualidade de carne proporcionada pelo Brangus, entretanto lapidada por Jovelino Mineiro conforme as premissas de produção a pasto.

“Ou seja, com o Brahman, poderíamos produzir a mesma qualidade de carne do Brangus com a rusticidade do gado zebu, garantindo o desempenho a pasto”, explica o diretor da Fazenda Sant’Anna.

Tecnologias de vanguarda na pecuária

Na propriedade de Pardinho (SP), também inovou quando fundou a Central Bela Vista. A empresa revolucionou o mercado de inseminação artificial no Brasil ao inaugurar a prestação de serviço ao pecuarista, oferecendo flexibilidade na coleta e industrialização de sêmen através de um programa pioneiro: “De Criador para Criador”.

Igual pioneirismo marcou os anos 2000, mas em uma escala ainda maior. Em parceria com a UNESP e a FAPESP, a Fazenda Sant’Anna participava da criação do projeto “Genoma do Boi”, com o sequenciamento genético da raça Nelore, a grande responsável por tornar o Brasil uma referência internacional.

O feito possibilitou inúmeras descobertas para pecuária tropical, hoje exportada para países da África, América Central e América Latina. A propriedade também esteve presente nos principais programas de melhoramento genético sendo referência no Programa de Melhoramento Genético das Raças Zebuínas (PMGZ/ABCZ).

Proximidade com o consumidor final

O mesmo crivo mostrado na pecuária de corte também é visto na pecuária leiteira, com o laticínio Pardinho Artesanal. Marca de queijos premiada internacionalmente, é um projeto que começa nos pastos da fazenda e termina nos pontos de venda.

Pardinho Artesanal mostra que é possível produzir leite de maior valor agregado criando animais a pasto, sem a necessidade de dietas artificiais, e sob clima tropical.

As vacas Girsey ofertadas no leilão são as mesmas destinadas à produção do queijo comercializado na Pardinho Artesanal, produtos que são apreciados e premiados dentro e fora do país.

“Todos estes processos passam obrigatoriamente pela genética, o grande insumo multiplicador da pecuária, o único que permanece no rebanho por todas as gerações. Com o mercado aquecido, como vemos agora, estará em vantagem quem investir em reprodutores qualificados”, conclui Bento Mineiro.