Identificar no genoma humano proteínas-chave para o desenvolvimento de novos medicamentos e descobrir como tornar plantas importantes para a agricultura mais resistentes à seca são os objetivos do recém-criado Centro de Biologia Química de Proteínas Quinases da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), por meio do Programa Parceria para Inovação Tecnológica (PITE), o centro funcionará em um modelo de open science (acesso aberto ao conhecimento), integrando à rede do Structural Genomics Consortium (SGC), uma parceria público-privada que reúne cientistas, indústrias farmacêuticas e entidades sem fins lucrativos de apoio à pesquisa.
“O SGC mantém outros dois centros sediados na Universidade de Oxford (Inglaterra) e na Universidade de Toronto (Canadá), ambos dedicados a estudar proteínas de importância biomédica. Aqui na Unicamp pretendemos, além de avançar nessa área, aproveitar o conhecimento e a tecnologia desenvolvida em parceria com a indústria farmacêutica para aprender também sobre biologia de plantas”, disse o professor de genética no Instituto de Biologia da Unicamp e coordenador da nova unidade brasileira, Paulo Arruda.
De acordo com Arruda, as atividades do novo centro devem ter início em julho. A estrutura prevista para os primeiros cinco anos deve englobar entre 25 e 30 pesquisadores. “Mas sabemos que iniciativas como essas atraem bons estudantes e pós-doutorandos, então pode até se tornar maior. Qualquer interessado em estudar o assunto, de qualquer instituição, poderá se juntar ao grupo”, conclui.
Fonte: Agência Fapesp