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Lançada revista R@U de antropologia social (1 notícias)

Publicado em 29 de julho de 2009

Agência FAPESP - Acaba de ser lançado o primeiro número da revista de antropologia social R@U, uma publicação eletrônica com periodicidade semestral organizada pelos alunos do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social (PPGAS) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

O objetivo da revista é criar um espaço para a apresentação e discussão de pesquisas e trabalhos na área de antropologia, procurando colocar o leitor em contato com os mais diversos temas e questões contemporâneas da disciplina.

De acordo com os editores, o lançamento da revista consolida o desenvolvimento do PPGAS, cujas atividades tiveram início em 2007, com o ingresso da primeira turma de mestrado.

No primeiro volume, em comemoração ao centenário do antropólogo Claude Lévi-Strauss, a seção de artigos traz um texto de Patrice Maniglier, filósofo e professor da Universidade de Essex (Inglaterra). Ao traçar o percurso da aventura estruturalista, Maniglier demonstra a atualidade das ideias de seu principal expoente. Segundo ele, a herança mais viva do pensamento de Lévi-Strauss está entre os antropólogos brasileiros.

Um artigo de Renato Sztutman, do Departamento de Antropologia da Universidade de São Paulo (USP), apresenta uma reflexão acerca da "antropologia política" proposta por Pierre e Helène Clastres, em face da leitura de etnografias contemporâneas, em uma análise das personagens da ação política entre os Tupi.

Pedro Peixoto Ferreira propõe, em seu artigo, um exercício bibliográfico que faz da problematização de cenários etnográficos uma oportunidade para abertura de novas questões acerca dos desencontros e encontros entre "índios" e "brancos" nas temáticas do mito e da tecnologia.

Nos interstícios da filosofia e da antropologia, um artigo de Rafael Teixeira, do Departamento de Sociologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), articula as reflexões de Henri Bergson e Lévi-Strauss em torno da experiência sensível e dos métodos empregados por esses autores no inquérito do pensamento lógico, do universo simbólico e da consciência.

Angela Kurovski, pós-graduada pelo Programa de Antropologia Social da Universidade Federal do Paraná (UFPR), descreve festas, ritos e mitos dentre os quais busca compreender os possíveis significados dados pelos kagwahiva às relações sociais por eles estabelecidas.

Marina Pereira Novo, mestre em Antropologia Social pela UFSCar, debate a questão dos modelos de atenção à saúde indígena, transitando pela fronteira em que se imbricam os sistemas médico-terapêuticos ocidentais e indígenas, revelando assim os embates decorrentes da organização e da transmissão de conhecimentos nos cursos de formação de Agentes Indígenas de Saúde no Alto Xingu.

Reinaldo Olecio Aguiar, pós-doutorando em Antropologia Social pela UFSCar, fala das performances corporais dos torcedores de futebol por meio do que chama de manifestações mágico-religiosas nas arquibancadas dos estádios.

Na seção de entrevistas, uma conversa com o antropólogo Paulo Santilli aborda temas variados, tratando de sua trajetória acadêmica, das pesquisas que realizou junto ao povo Macuxi e da sua participação no processo de reconhecimento e demarcação da Terra Indígena Raposa Serra do Sol.

A edição traz ainda relatos de pesquisa e resenhas.

Mais informações: https://sites.google.com/site/raufscar

(Envolverde/Agência Fapesp)