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Electronic Specifier Brasil

Laboratório analisa combustão utilizando técnicas a laser

Publicado em 25 setembro 2017

O Laboratório de Diagnóstico Avançado de Combustão, instalado no prédio da Engenharia Mecânica e Naval da Escola Politécnica da USP já está em operação. O espaço é parte das instalações do Fapesp Shell Research Centre for Gas Innovation (RCGI). Trata-se de um equipamento multiusuário que funcionará nos moldes do programa EMU da Fapesp, e que pode ser compartilhado por pesquisadores de outras instituições de pesquisa, públicas ou privadas.

“É um laboratório de ponta para diagnóstico de combustão utilizando-se técnicas ópticas, um equipamento único no Brasil, em âmbito universitário, com essa configuração e esses padrões de segurança".

"A ideia é que essa estrutura esteja disponível para os interessados em estudar processos de combustão, não só da comunidade da USP, mas de outras universidades do Estado de São Paulo e de fora dele”, afirma o professor Guenther Carlos Krieger Filho, coordenador do laboratório.

Ele ressalta que é uma das estruturas mais avançadas da América Latina para diagnóstico de combustão usando técnicas de laser. “Nossos principais objetivos são, com uso de técnicas de laser, caracterizar fluxos reativos e fornecer medições experimentais para validar simulações numéricas".

"Estamos aptos, por exemplo, a caracterizar injetores automotivos, queimadores industriais, a investigar a estabilidade de processos de combustão, entre outros. E também a desenvolver sistemas de combustão mais eficientes, que emitam menos poluentes. Isso, é claro, em escala laboratorial.”

O local é abastecido com vários tipos de gás: metano, GLP, hidrogênio, oxigênio, dióxido de carbono e nitrogênio. Os cilindros de gases ficam isolados do lado de fora do laboratório, em estruturas de alvenaria protegidas por grades. De cada uma delas sai um duto que conduz o gás até a sala onde acontecem os experimentos. “Mais tarde, se quisermos, poderemos também ter linhas de combustíveis líquidos, como etanol e gasolina”, adianta Krieger.

Na sala, além de queimadores, há diferentes tipos de laser para mensurar variáveis como diâmetro e velocidade de gotas, velocidade de escoamento do combustível e formação de radicais OH.

“Os equipamentos serão operados pelos alunos de pós-doutorado, mestrado e doutorado e com participação de alunos de graduação também. No momento, nossa equipe, ligada a um dos projetos, ao projeto número dois do RCGI, está elaborando protocolos padrão de segurança para a entrada em operação do laboratório, que conta com sistema automatizado da segurança e controle, incluindo quatro sensores, sendo três para detectar vazamentos de mistura combustível e um para controle dos níveis de oxigênio”, diz Krieger.

De acordo com o professor, o laboratório terá condições de fornecer suporte para três outros projetos do RCGI: o de número um (Desenvolvimento de um Queimador Avançado de Gás Natural Usando o Conceito Oxy-chama); o projeto três (Sistemas Avançados de Combustão de Misturas Gasosas e Diesel para Motores de Combustão Interna que Minimizem Emissão de Metano) e o projeto 11 (Desenvolvimento de um Queimador Avançado de Gás Natural Utilizando-se o Conceito de Combustão Sem Chama).