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Kit ajudará a identificar vítimas em acidentes

Publicado em 10 julho 2013

SÃO PAULO - Desastres naturais com grande número de mortos, acidentes aéreos ou ataques terroristas desafiam os profissionais de Medicina Forense. Esses e outros são exemplos em que a identificação rápida e correta das vítimas de acidentes é muito difícil. Um grupo de pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Araraquara, desenvolveu uma tecnologia para identificação genética humana, segundo informa a Agência Fapesp.

Com pedido de patente depositado pela Agência Unesp de Inovação (AUIN), o kit é específico para indivíduos pertencentes a populações com alto grau de miscigenação (alta variabilidade genética). Segundo a AUIN, a identificação genética de um indivíduo está baseada na combinação de diversos marcadores que são herdados de seus progenitores. No caso do Brasil, a população apresenta alta taxa de miscigenação, o que torna sua caracterização genotípica ainda mais difícil. A demora na identificação das vítimas é um importante problema de saúde pública, em consequência do grande número de casualidades. A identificação genética é fundamental não apenas para o reconhecimento das vítimas por seus familiares, mas também para investigações criminais e processos judiciais.

A tecnologia apresenta alta sensibilidade, utilizando só 10 picogramas (trilionésimos de grama) de DNA, permitindo identificação de amostras degradadas ou com pequena quantidade de material genético como, por exemplo, fragmentos de cabelo sem raiz ou amostras parcialmente carbonizadas. A tecnologia apresenta alta especificidade, pois usa 42 marcadores para identificação enquanto testes similares utilizam apenas 16 marcadores.

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