Neste final de semana, o Grupo Katharsis, da Uniso, estará em Campinas, participando de um projeto de imersão com o Grupo República Cênica, da Unicamp, para trocar experiências e vivenciar as pesquisas que aquele grupo vem desenvolvendo em teatro. A imersão faz parte de um projeto de intercâmbio entre grupos experimentais de teatro, com a finalidade de aproximar as pesquisas e trocar informações a respeito de processos de criação, políticas culturais e discussões sobre tendências da cena contemporânea.
O Grupo República Cênica existe há 10 anos e é dirigido por Fernando Aleixo e Ana Carolina Mundim, doutorandos em Artes pela Unicamp. É um grupo de pesquisa e criação artística que concentra suas atividades em teatro e dança contemporânea.
As atividades do República Cênica incluem apresentações de espetáculos e práticas de formação (cursos, workshops e oficinas), além de intercâmbios e ações compartilhadas com outros profissionais e grupos, amparados por bolsas de pesquisa do CNPq, Fapesp e Capes).
Segundo Roberto Gill Camargo, diretor do Katharsis, a prática de imersão visa estabelecer o diálogo entre grupos que estão investigando os rumos da dramaturgia brasileira, centrada em coletivos, em processos de criação colaborativos e linguagens híbridas, fortalecendo os laços entre teatro e dança contemporânea.
O Grupo Katharsis, recentemente premiado no Festival de Teatro Universitário de Blumenau - do qual participavam grupos das principais universidades brasileiras - lança sua proposta de criação por meio de processos co-evolutivos, uma vertente a mais para a compreensão do teatro e da nova dramaturgia que está surgindo nos coletivos, principalmente naqueles vinculados às universidades.
"A intenção do Katharsis é promover imersões não só com grupos de fora, mas também com grupos de Sorocaba que lidam com pesquisa de linguagem cênica, como é o caso do grupo Nativos da Terra e do Grupo Manto, que tem desenvolvido trabalhos com a linguagem circense, além de outros", informa Gill.
Neste final de semana, o Katharsis vai a Campinas para conhecer o trabalho do grupo República Cênica; em agosto, o processo se inverte: o República Cênica vem a Sorocaba para conhecer a prática do Katharsis.
"A estratégia de imersão visa estabelecer diálogo entre grupos e traçar um mapeamento das novas perspectivas que se abrem para a discussão do teatro que atualmente se faz no país, a partir dos coletivos que surgem vinculados às universidades", conclui o diretor.