Os nomes dos ganhadores da 22ª edição do Prêmio Jovem Cientista foram anunciados pelo presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Erney Camargo, nesta terça-feira (6/3), em Brasília.
Na categoria Graduado, o primeiro lugar ficou com Milena Rodrigues Boniolo, do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen). Seu trabalho, "Uso da casca de banana para o tratamento de efluentes radiotóxicos", destaca uma alternativa para remover metais pesados da água.
A pesquisa "Avaliação do impacto do reflorestamento de restingas sobre a comunidade de borboletas Nymphalidae", de Ericka de Almeida Lima-Verde, estudante de ciências biológicas na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), venceu na categoria Estudante do Ensino Superior. O trabalho aborda a situação da Mata Atlântica no Nordeste que, segundo evidencia o estudo, conta com menos de 5% da sua extensão original.
Felipe Arditti, da Escola Brasileira Israelita Chaim Nachman Bialik, em São Paulo, foi o ganhador na categoria Estudante do Ensino Médio com a pesquisa "Controle de emissão de poluentes: conseqüências e soluções da evolução dos objetivos científicos". Arditti propõe um método mais eficaz para detectar os níveis de monóxido de carbono na fumaça liberada por caminhões.
A instituição de ensino superior que levou o mérito institucional foi a Universidade de São Paulo (USP), e a de ensino médio, a Fundação Escola Técnica Liberato Salzano Vieira da Cunha, em Novo Hamburgo (RS). A menção honrosa foi entregue ao professor do Departamento de Botânica da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Carlos Alfredo Joly.
Uma iniciativa do CNPq, Eletrobras, Gerdau e Fundação Roberto Marinho, o prêmio, que teve o tema "Gestão sustentável da biodiversidade: desafio do milênio", recebeu este ano 1.751 inscrições de todo o país, sendo 268 na categoria Graduado, 128 na categoria Estudante do Ensino Superior e 1.355 na categoria Estudante do Ensino Médio.
O Prêmio Jovem Cientista, considerado pela comunidade científica uma das mais importantes premiações do gênero na América Latina, foi criado pelo CNPq em 1981 com o objetivo de incentivar a pesquisa brasileira. Os temas escolhidos são sempre de interesse direto da população e buscam soluções para problemas encontrados no cotidiano.
Agência Fapesp