Uma pesquisa do Departamento de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) mostrou que jovens usuários de drogas são mais vulneráveis à infecção pelo vírus HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis (DST) porque têm um comportamento sexual, em média, mais intenso. Além disso, eles também usam menos preservativos, segundo o estudo.
De acordo com a pesquisa, os usuários estariam mais expostos às DST por terem maior número de parceiros e de relações sexuais. "Os usuários de drogas apresentaram, em média, quatro parceiros sexuais, enquanto os não usuários tiveram apenas um. Além disso, o número de relações sexuais foi 2,5 vezes maior entre os usuários", disse Thiago Marques Fidalgo, autor da pesquisa.
O trabalho envolveu 41 adolescentes, de 15 a 18 anos, usuários de álcool, maconha ou cocaína. Um grupo de controle formado por 43 não usuários de drogas, vindos de escolas públicas da capital paulista, também participou da avaliação. De acordo com a Agência Fapesp, o comportamento sexual dos adolescentes foi analisado em duas etapas: seis meses antes e 30 dias antes das entrevistas. A partir desses momentos, foi estimada uma média de relações para cada indivíduo.
A pesquisa indicou que 95% dos usuários e 84% dos não usuários de drogas do sexo masculino disseram não acreditar na possibilidade de contaminação pelo HIV. Apenas 15% dos indivíduos dos dois grupos fizeram o teste de HIV após o início da vida sexual, que começa mais cedo entre os usuários de droga: entre 13 e 14 anos. A primeira relação entre os não usuários ocorreu, em média, aos 15 anos.
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