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Jovem de São Jorge pesquisa matéria escura em Londres

Publicado em 01 março 2019

O LHC, superacelerador de partículas que tornou possível provar a existência do bóson de Higgs – partícula elementar, surgida logo após o Big Bang, que confere massa à matéria ordinária –, pode agora ajudar a solucionar um dos maiores mistérios da ciência atual: a matéria escura. O Grande Colisor de Hádrons (LHC, na sigla em inglês), que funciona na fronteira franco-suíça, trabalha, hoje, na detecção da matéria escura, que constitui provavelmente 25% do conteúdo do Universo e só teve sua existência indicada de forma indireta. “O que fazemos é tentar entender realmente o início do Universo. Isso obviamente se conecta com muitos outros aspectos da Física com os quais trabalhamos. Acreditamos que 25% do Universo seja composto de uma matéria que não sabemos realmente o que é, mas que chamamos de matéria escura”, disse Oliver Buchmueller, professor do Imperial College, de Londres, no Reino Unido, um dos pesquisadores. Com ele, atua o brasileiro Jonathan Costa, que é de São Jorge D’Oeste. Ele está fazendo doutorado sob orientação do professor Buchmueller no Imperial College. Ele é graduado e concluiu o mestrado na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e está na Europa desde 2015. Jonathan participa do projeto Master Code, código computacional que permite adaptar os modelos teóricos aos dados experimentais, tanto do CMS Atlas, um dos detectores do LHC, como de outros experimentos. “Trabalho na área de fenomenologia, um campo intermediário entre experimento e teoria. Pegamos um modelo teórico e confrontamos com os dados experimentais. A partir daí, tentamos fazer previsões de alguns parâmetros. Isso ajuda a determinar o que se quer procurar, porque a quantidade de dados é muito grande e é preciso fazer um direcionamento”, disse Costa à Agência Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).