São Paulo - Um jogo de computador criado na Escola de Engenharia de São Carlos, da USP, vai ajudar crianças com dificuldades de aprendizado.
Um jogo de computador criado na Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP vai ajudar crianças com dificuldades de aprendizado no início da alfabetização. Por meio de um ambiente virtual em 3D, o jogo Ilha apresenta associações entre letras, palavras e imagens de uma forma atraente e divertida.
No jogo, as crianças usam o teclado para guiar um menino por uma cidade localizada numa ilha. "Ele faz tarefas da vida social, como fazer compras, andar de ônibus, brincar em um parque de diversões", conta o matemático Flávio Cezar Amate, autor da pesquisa. "Apesar de ser uma aplicação lúdica, os métodos de ensino permanecem implícitos e transparentes para as crianças".
O jogo foi testado com 37 crianças, no Núcleo de Pesquisas Tecnológicas da Universidade de Mogi das Cruzes (UMC), acompanhadas por monitores, psicólogos e pedagogos. "Elas gostaram e não associaram o jogo às tarefas da escola, o que é importante em crianças desestimuladas ou com traumas escolares", conta Amate. "O tempo estimado de cada partida era de 15 minutos, mas os alunos sempre pediam extensão do tempo, o que comprova seu interesse".
Segundo Amate, a criança normalmente já possui alguns conhecimentos sobre a língua antes de entrar na escola, decorrente de sua interação social. "Há estudos onde elas identificam palavras em rótulos antes de aprenderem a ler", explica. "Com o jogo, ela pode reforçar estes conhecimentos e desenvolver outras capacidades necessárias para aquisição da base alfabética, como faz na vida cotidiana, identificando a sua função e abstraindo o seu significado".
No jogo Ilha, o aluno percorre vários locais dentro de uma cidade virtual, como um parque de diversões No decorrer do jogo, aparecem situações da vida cotidiana que utilizam a palavra escrita Após a realização dos testes finais, o Ilha vai ser disponibilizado na internet. "O software será distribuído livremente, compatível com qualquer computador que possua placa de vídeo 3D", destaca Amate. O estudo foi financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
*Com informações da Agência USP
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