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O Imparcial (Presidente Prudente, SP)

IQ/Unesp captou cerca de R$ 32 milhões em 4 anos (1 notícias)

Publicado em 28 de novembro de 2004

Por José Ângelo Santilli
Relatório das atividades realizadas no Instituto de Química da Unesp, campus de Araraquara, entre 2001 e 2004, na gestão da diretora Elizabeth Berwert Stucchi e do vice-diretor Miguel Jafelicci Júnior, aponta avanços nos indicadores de avaliação da instituição. O relatório foi apresentado na semana passada, antes da transmissão das funções à nova diretora e vice, Maysa Furlan e Olga Maria Mascarenhas de Faria Oliveira, respectivamente. Os diretores cessantes atribuem os resultados positivos ao conjunto da comunidade do IQ. "O Instituto trabalhou com uma grande equipe, de uma forma integrada e harmônica. Na verdade, eles realizaram esse trabalho, nós apenas fomos os coordenadores na gestão", disse a professora Elizabeth. O IQ conta com 400 alunos matriculados na graduação, e oferece as disciplinas básicas dos cursos de Farmácia e Odontologia, o que acrescenta mais 200 alunos com aulas ministradas por docentes do IQ. Os dois cursos de graduação, bacharelado e licenciatura em Química, obtiveram nos últimos Exames Nacionais de Cursos, os chamados Provões, dois conceitos A e dois conceitos B. Dando seqüência a um trabalho iniciado na gestão anterior, nos últimos quatro anos foi reduzido o índice de retenção na grade curricular. Isso significa que um número maior de alunos está se formando em quatro anos, em bacharelado, ou em cinco anos em licenciatura, períodos ideais dos cursos. "O conselho de curso se manteve atento, no sentido de melhorar o desempenho dos estudantes no aproveitamento do curso. Esse foi um dado positivo da graduação", comenta Elizabeth. Outro dado positivo de avaliação externa, refere-se ao ranking do Guia do Estudante, no qual o IQ tinha 4 estrelas até 2002 e a partir de 2003 e 2004 conquistou 5 estrelas, conceito que caracteriza os cursos de excelência em graduação no Brasil. Conseguimos também consolidar vários projetos de apoio ao curso de graduação, como o trabalho do grupo PET e o Proen. Pós-graduação Na pós-graduação, os indicadores são bastante positivos, sobretudo no programa de Química, que manteve a nota 6, nível de excelência na CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), sendo a nota máxima 7. "E o nosso curso Biotecnologia ainda está em fase de consolidação, não conseguimos ainda melhorar os indicadores, mas há um grande esforço do corpo de orientadores para que ele se consolide. Estamos com 400 alunos também na pós-graduação", disse a professora Elizabeth. Em termos de pesquisa, o Instituto tem apresentado uma produtividade crescente. "Estamos com uma média de 500 trabalhos por ano em revistas científicas nacionais e internacionais. É uma média muito boa para a área de Química no Brasil. Estamos competindo com os melhores desempenhos na pesquisa. E com uma captação de recursos, através de fomento, fabulosa". De 2001 a 2003 (2004 ainda não fechamos) a captação foi da ordem de R$ 12 milhões, mais US$ 8 milhões. Os recursos em dólares referem-se a importação de equipamentos científicos. É um número que mostra um empenho e um esforço do nosso corpo docente inequívocos. Uma média de R$ 8 milhões por ano de captação de recursos, totalizando cerca de R$ 32 milhões num período de quatro anos. "Com isso temos conseguido não só manter nossos laboratórios de pesquisa, como melhorar a qualidade e as condições de trabalho de todos os pesquisadores que participam desses projetos. E também tem permitido que o Instituto de Química busque a contrapartida junto a Reitoria. Com isso conseguimos também realizar várias obras, como a construção de dois laboratórios de pesquisa ligados ao programa CEPID (Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão) da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo); mais um laboratório de pesquisa que foi construído com recursos da FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos) para desenvolvimento de métodos de análises de combustíveis". O IQ tem 29 grupos de pesquisa cadastrados no CNPq, e participação nos principais programas de rede da Fapesp: Genoma, Biota, Smolbnet e CEPID. "Isso também mostra a excelência dos nossos pesquisadores", disse Elizabeth. Também houve investimentos no ensino, com a conclusão das obras dos laboratórios didáticos, cuja construção havia sido iniciada na gestão anterior. Na semana passada também foram inauguradas novas salas de aula nos espaços que foram liberados pelos velhos laboratórios, otimizando espaços. São salas moduladas, que abriram mais 180 lugares, que podem ser divididas em salas de 30, 60, 120 alunos, através de divisórias móveis. Extensão O Instituto de Química preenche os oito programas de extensão da universidade: difusão científica, desenvolvimento científico e tecnológico e programas sociais. O professor Miguel Jafelicci Júnior disse que "na extensão universitária, o IQ reúne docentes e pesquisadores levando a sua experiência de ensino e pesquisa para a comunidade na forma de vários projetos". O Centro de Ciências de Araraquara, que é mantido pelo IQ e se projeta na cidade e região como um pólo de difusão científica em diversas disciplinas: Química, Física, Matemática e Biologia. Está instalado numa escola estadual, no Jardim Santa Lúcia. "Dali se difundem muitos projetos, como Ciência vai à Escola, que leva experimentos científicos para a sala de aula nos ensinos fundamental e médio de escolas públicas e privadas, que buscam no Centro essa parceria de infraestrutura, principalmente de pessoal. Nossos monitores, coordenados por orientadores, levam a ciência para a escola", comenta Jafelicci. Por outro lado, a difusão se faz enfocando a ciência e a profissão da Química por meio do grupo de artes cênicas Alquimia, que aborda temas de natureza científica, mas que fazem parte do dia-a-dia da comunidade. "Também destacamos o CUCA - Curso Unificado do Campus de Araraquara -, um projeto de natureza educacional e social, que é um curso pré-vestibular no qual alunos dos cursos de graduação do campus de Araraquara, preparados para ministrar aulas em diversas classes, abrangendo Araraquara, Américo Brasiliense e Gavião Peixoto". A oferta de vagas no CUCA aumentou bastante nos últimos anos. Em 2001, eram duas salas de aulas, 100 vagas e 22 bolsitas. Hoje, são oferecidas 520 vagas para 1 alunos carentes oriundos do ensino médio público, e 97 bolsistas graças a parcerias estabelecidas com empresas e prefeituras das cidades da região. Em 2005, o CUCA deve atender também o município de Boa Esperança do Sul. "São projetos que estendem as fronteiras, não só do IQ, mas da universidade, na região de Araraquara", disse Jafelicci. Um outra vertente da extensão universitária é a prestação de serviços, que tem também crescido bastante no IQ, tanto na análise de solos e de fertilizantes, da quanto na análise da qualidade dos combustíveis. Mais de 1.300 postos de gasolina da região sudoeste de São Paulo são acompanhados pelo CEMPEC - Centro de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis. "O IQ tem prestado um serviço estratégico e também econômico, na medida em que garantindo a qualidade dos combustíveis, se garante a qualidade do custo da energia oriunda do petróleo". Através de processo de licitação, o convênio com a ANP - Agência Nacional do Petróleo - foi renovado por mais 6 anos. Na renovação do convênio, foi feita uma parceria com a UFS-Car, somando as áreas atendidas anteriormente pelas duas instituições, abrangendo 2/3 do estado de São Paulo. "É um projeto que mostra a pujança do IQ na prestação de serviço", enfatiza Jafelicci. Convênios com grandes empresas também foram renovados ou iniciados nos últimos anos, a exemplo da Ericson Telecomunicações, Bionext, Companhia Vale do Rio do Doce, Embraer e PHB. O IQ também mantém outros projetos de difusão, como a Palestra na Escola, realizado por docentes e alunos nas escolas da região, com agendamento prévio e 15 temas de palestras disponíveis. "Temos ainda o Proema, um programa de educação ambiental da universidade, para o qual o Instituto também contribui nas áreas de resíduos sólidos, qualidade do ar e das águas e a própria coleta seletiva realizada do IQ, que envolve alunos na organização". O IQ também participa da consolidação do Centro Cultural "Professor Waldemar Saffioti", cujo processo está tramitando na Reitoria para se tornar um centro interunidades da Unesp, visando a realização de projetos de pesquisa e extensão universitária.