O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) de São Paulo lança na próxima segunda-feira o primeiro curso de mestrado profissional do País. Com duração de dois anos - menos de metade da média dos mestrados tradicionais - ele se baseara em práticas laboratoriais, visitas técnicas e estudos de caso. Ao contrário do habitual, a dissertação de conclusão de curso dispensará pesquisas bibliográficas e se concentrará em trabalhos práticos.
"Ele se assemelhará ao MBA norte-americano, embora este seja voltado para a administração de negócios", explica Caio Motta, diretor do Centro de Aperfeiçoamento Tecnológico do IPT e coordenador do programa de pós-graduação.
As anualidades ficarão numa faixa entre R$ 6 mil e R$ 8,4 mil. Este tipo de programa de pós-graduação foi instituído por uma portaria do Ministério da Educação (MEC) de outubro de 1995, que estabeleceu o Programa de Flexibilização do Ensino de Pós-Graduação.
A primeira turma do IPT, de 48 alunos, começou as aulas em setembro e se especializará em informática, com foco principal em redes de computadores e engenharia de Software. As inscrições para uma segunda turma, na área de habitação, se encerrarão no próximo dia 3.
Dentro de alguns meses, deverão ser abertas vagas de pós-graduação profissional nas áreas de geotecnologia ambiental e qualidade automotiva, sempre ministrados pelos técnicos do IPT com grau superior ao doutorado e eventuais palestrantes externos.
Até o momento, apenas o curso de habitação foi oficialmente aceito pela Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento (Capes), do MEC, como mestrado "strictu senso", mas o IPT aguarda para breve a aprovação dos outros três: O instituto desenvolve projetos na área de habitação há quase 100 anos.
O IPT também pretende promover entre 30 e 40 cursos de educação continuada, com duração de até três dias, durante o próximo ano, em todas as áreas de sua especialidade.
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Gazeta Mercantil