O Laboratório de Estruturas Leves do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) foi inaugurado no dia 16 de maio, no Parque Tecnológico. No empreendimento, serão realizadas pesquisas direcionadas ao desenvolvimento de estruturas e componentes para aplicações industriais, onde se destacam o menor peso, maior durabilidade, e o custo baixo do material. As estruturas poderão ser feitas a partir de materiais metálicos, como o alumínio, compósitos (polímeros com reforço de fibras de carbono) e híbridos (compósitos e metais).
Foram investidos quase R$ 47 milhões para implantar o laboratório. A maioria dos recursos veio do Banco Nacional de Desenvolvimento Social e Econômico (BNDES), que liberou R$27,6 milhões, a Finep - Inovação e Pesquisa destinou R$ 8,3 milhões, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) investiu R$ 2,4 milhões, além da contrapartida do próprio IPT com R$ 5,9 milhões.
Fernando José Gomes Landgraf, presidente do IPT enfatizou como será o trabalho do laboratório para o futuro. " O desafio agora é transformar todo esse investimento em resultados e assim, dominar a tecnologia destes sistemas fabricados aqui." Landgraf também explicou como as estruturas leves são importantes para as mais diversas áreas. "Nossa expectativa é que partes do automóvel, em médio prazo, sejam fabricadas com fibra de carbono e com as ligas metálicas leves. Outra grande aplicação destas estruturas está na parte das turbinas eólicas grandes, aquelas pás que tem 80 metros de comprimento, a resistência delas são feitas com fibra de carbono, por causa da sua felxibilidade", disse.
Parceria com Embraer. No evento, foi assinado um acordo entre o IPT e a Embraer, para que sejam realizadas pesquisas a fim de construir uma parte da fuselagem de uma aeronave de pequeno porte em fibra de carbono, substituindo o alumínio, material utilizado pela indústria aeronáutica.
Mauro Kern, vice-presidente de engenharia e tecnologia da Embraer, disse como será o trabalho nesta parceria. "O laboratório criará oportunidades de fabricar protótipos, demonstradores de tecnologia, com a possibilidade de fazer uma gama de testes na propriedade destas estruturas, de forma então, a viabilizar um processo produtivo para elas.", concluiu Kern.
A expectativa é que o número de pesquisadores no laboratório possa dobrar em médio prazo, dependendo da demanda de trabalhos. O centro ocupa uma área de cerca de 4.500 metros quadrados e está localizado no núcleo do Parque Tecnológico.