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Ipesi

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Publicado em 25 maio 2018

A Shell Brasil, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), as universidades Estadual de Campinas (Unicamp) e de São Paulo (USP) e o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) anunciaram o investimento recorde de R$ 110 milhões, em cinco anos, na criação do Centro de Inovação em Novas Energias (Cine).

O investimento, o maior já feito no estado de São Paulo no âmbito do Programa Fapesp Centros de Pesquisa em Engenharia, garantirá o desenvolvimento de pesquisas avançadas com foco na conversão de energia solar em produtos químicos e no armazenamento de energia, além da transformação de gás natural em combustíveis que produzam menos gases do efeito estufa ao gerar energia.

O Cine se alinha ao esforço internacional para ampliar a participação de fontes renováveis na matriz energética mundial, reduzir a dependência de combustíveis fósseis e moderar o ritmo das mudanças climáticas globais. A missão do novo centro será produzir conhecimento na fronteira da pesquisa.

Paralelamente, o novo Centro de Pesquisa em Engenharia deverá transferir tecnologia para o setor empresarial. Para isso, ele poderá alcançar resultados que serão usados pela Shell, gerar startups e firmar parcerias com outras empresas. O projeto contribui para manter a liderança do Brasil no desenvolvimento e na exploração de fontes alternativas de energia.

"Esse investimento da Shell mostra nossa seriedade e compromisso com pesquisas que trarão avanços em direção à transição energética. Nossa participação no Cine reflete nosso entendimento de que o mercado de energia precisa buscar novas soluções", afirmou o presidente da Shell Brasil, André Araujo.

"O Cine reúne excelentes pesquisadores da USP, Unicamp e Ipen, em torno de um plano de pesquisas com grande potencial para impacto científico e tecnológico no nível internacional. As pesquisas que serão feitas se alinham ao interesse do Brasil e trarão resultados que ajudarão o país a se manter como um dos mais intensivos em uso de energia renovável no mundo, expandindo a capacitação nacional e o leque de possibilidades acessíveis ao país", disse o diretor científico da Fapesp, Carlos Henrique de Brito Cruz.

Ele apontou a parceria com a Shell como um trabalho gratificante, pois a empresa valoriza a pesquisa avançada e reconhece a capacidade científica existente no estado de São Paulo. "A empresa traz para a pauta temas de pesquisa de natureza radical em vez de incremental", avaliou.

O Cine terá quatro divisões de pesquisa, com sedes na Unicamp (as divisões Armazenamento Avançado de Energia e Portadores Densos de Energia), na USP (Ciência de Materiais e Química Computacionais) e no Ipen (Rota sustentável para a conversão de metano com tecnologias eletroquímicas avançadas).

No Centro de Inovação em Novas Energias, a Shell aportará um total de até R$ 34,7 milhões, enquanto a Fapesp reservou um investimento de R$ 23,14 milhões. Outra parcela, de R$ 53 milhões, virá da Unicamp, USP e Ipen, financiando pessoal e infraestrutura.