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Investir em tecnologia é essencial para desenvolvimento econômico

Publicado em 13 setembro 2018

As eleições ocorrem em meio a uma profunda crise econômica, institucional e política. O Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP reunirá renomados especialistas para debater propostas para o Brasil, com foco na economia, educação, inovação, gestão pública e saúde. Serão cinco encontros, cinco propostas consideradas imprescindíveis para destravar áreas-chave no desenvolvimento do País, que servirão de base para a elaboração de uma carta aos candidatos das eleições presidenciais. Em entrevista ao Jornal da USP no Ar, Carlos Américo Pacheco, diretor-presidente do Conselho Técnico da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), falou sobre as propostas nos temas Ciência, Tecnologia e Inovação.

Ele comenta que, no Brasil, temos o enorme desafio de voltar a crescer e aumentar a produtividade da economia, estagnada há décadas. Segundo o professor, o grande determinante da produtividade nos outros países é a tecnologia. Há um conjunto de novas tecnologias surgindo em todo o mundo, e não podemos ficar atrasados nisso, não só pela aspiração de fazer parte dos que inovam em tecnologia, mas porque elas serão essenciais para melhorar a economia brasileira.

De acordo com ele, a capacidade científica que existe nas universidades é boa. Ainda que tenham pontos a serem melhorados, há um conjunto expressivo de pesquisas nos programas de pós-graduação. Para o especialista, o principal gargalo nesse aspecto é conseguir motivar as empresas a terem estratégias de inovação mais robustas e ousadas. É preciso encontrar maneiras de estimulá-las. As empresas não inovam apenas porque os governos querem, elas inovam por causa da necessidade de competição do mercado.

Carlos Américo Pacheco destaca o boom de startups surgindo no País e o impacto disso no ambiente universitário e junto às grandes empresas. Isso ressalta a necessidade de cuidar da qualidade de pesquisa acadêmica, pois boa parte das startups têm surgido de alunos da graduação e da pós-graduação. Ele diz que a “geografia” do Programa Inovativo da Pequena Empresa (Pipe) da Fapesp está em torno das universidades de pesquisa, como a USP, o ITA e a Unicamp. “Acho que, nos próximos anos, as universidades de pesquisa em São Paulo vão se transformar em hubes de inovação. Seu entorno será formado por empresas inovativas que querem formar alianças”, comenta o professor.

No dia 17 de setembro, as propostas para ciência, tecnologia e inovação (CT&I) serão debatidas por Carlos Américo Pacheco, diretor-presidente da Fapesp, e Fernanda De Negri, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

O IEA se localiza no campus Butantã da Universidade de São Paulo, no térreo do prédio da Administração Central (Bloco L)