Do artigo:
Investigadores da Universidade do Porto e da Universidade Federal brasileira de São Carlos (UFSCar) desenvolveram uma esponja biodegradável capaz de libertar medicamentos lentamente no organismo e que pode tornar mais confortável e eficaz o tratamento da candidíase vaginal.
A esponja liberta gradualmente na vagina das mulheres os medicamentos graças à sua estrutura porosa que permite absorver grandes quantidades do antifúngico clotrimazol, que é doseado dependendo da temperatura e do pH vaginal.
Feita de materiais biocompatíveis com as células do trato vaginal, a esponja, em contato com os fluidos da região, transforma-se num gel que se desfaz. Dessa forma, não há a necessidade de remoção do material após o tratamento, como ocorre com outros dispositivos.
Os resultados bem-sucedidos da inovação em testes laboratoriais com células do trato vaginal foram destacados num artigo publicado na última edição da revista científica International Journal of Pharmaceutics.
Os estudos divulgados mostraram que a esponja tem atividade antifúngica contra seis estirpes diferentes de Candida e liberta os medicamentos em quatro horas.
Além de iniciar os testes clínicos, os responsáveis pelo projeto também pretendem testar a esponja associada a outros tipos de medicamentos, como anti-inflamatórios e cicatrizantes.