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Inundações devastadoras em MG estão ligadas à mudança

Publicado em 20 outubro 2021

Em janeiro de 2020, enchentes devastadoras devastaram várias cidades de Minas Gerais, causando danos extensos e até mortes. Um post esta semana na revista Climate Resilience and Sustainability indica que as fortes chuvas que provocaram as enchentes estão mais de 40% ligadas à substituição climática no planeta.

Usando modelos meteorológicos, estudos mostram que os efeitos da industrialização e do aquecimento global aumentam a probabilidade de volumes pluviométricos muito maiores do que o esperado na região em 70%, para cenários com temperaturas médias de 1°C a 1°C, 1°C abaixo.

De acordo com o site Phys, os autores do estudo também quantificaram os danos causados pelo evento excessivo, estimando que mais de 90 mil pessoas ficaram temporariamente desabrigadas e mais de 1 bilhão de reais foram perdidos nos setores público e pessoal.

A maior parte dos ativos afetou a infraestrutura pública (484 milhões de reais), habitação (352 milhões de reais) e varejo e outros pontos de venda (290 milhões de reais). A substituição climática feita pelo homem representa 41% do total.

Uma semana antes da divulgação do estudo, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) observou em seu sexto relatório de avaliação que “é inequívoco que a influência humana aqueceu a atmosfera, oceanos e terra, contribuindo para uma intensa substituição em todas as regiões do planeta”.

O excesso de chuvas ocorridas em Minas Gerais de 23 a 25 de janeiro do ano passado, que causou enchentes e deslizamentos de terra, foi resultado de uma intensificação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (SACZ) combinada com o aparecimento do ciclone subtropical Kurumí (KSC). sobre o Atlântico Sul Ambos os fenômenos aumentam o teor de água da região.

Belo Horizonte experimentou o janeiro mais úmido de sua história: segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), as chuvas totalizaram 935,2 mm, quase o triplo da média mensal, com queda de 320,9 mm em apenas 3 dias; pelo menos 56 mortes foram causadas por inundações e deslizamentos de terra na época.

Segundo seus autores, este estudo dá novas orientações sobre a necessidade urgente de ação sobre as mudanças climáticas, que já está tendo um efeito significativo no Sudeste do Brasil: “Isso exige inovações rápidas na elaboração de planos estratégicos com foco em mitigação e adaptação”, diz o artigo, acrescentando que o controle público e as políticas terão que evoluir da reação da crise à prevenção de tragédias. duradouro.

Financiado por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), o estudo é resultado de um workshop ministrado, entre outros, por meio de Sarah Sparrow, pesquisadora da Universidade de Oxford (Reino Unido) e coautora. O workshop foi promovido por meio da agência brasileira de Parceria Ciência do Clima para Serviços (CSSP Brasil), uma colaboração entre estabelecimentos e organizações do Reino Unido no Brasil, como o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Centro de Vigilância e Alerta Precoce (CEMADEN) e Universidade de São Paulo (USP).

Realizado online em dezembro de 2020 em parceria com Liana Anderson, pesquisadora do CEMADEN e também coautora do artigo, a oficina discutiu uma atribuição de ocasião conhecida como excessiva que visa quantificar os efeitos prospectivos da substituição climática induzida pelo homem na probabilidade de ocasiões, ocasiões meteorológicas.

Duas equipes de corredores analisaram a ocasião do excesso de chuvas em Minas Gerais; um se concentrou na influência das mudanças climáticas nas chuvas, enquanto o outro quantificou os efeitos sobre a população. Os achados de ambas as equipes foram incorporados ao artigo publicado.

“Uma colaboração interdisciplinar próxima nos permitiu produzir um estudo de alta qualidade com efeitos consistentes em apenas alguns meses”, disse Ricardo Dal’Agnol, pesquisador da Divisão de Geoinformática e Observação da Terra do INPE e primeiro do artigo.

O estilo climático global usado para atribuição da edição 3-A do modelo ambiental global do Hadley Center (HadGEM3-A), com simulações de eventos climáticos excessivos.

Dois experimentos foram realizados para projetar cenários, um levando em conta apenas pontos de ervas, como a diversificação da irradiação solar e da atividade vulcânica, e o outro também levando em conta pontos antropogênicos, como ajustes de uso da terra e emissões de gases de efeito estufa em comparação com os níveis pré-industriais. .

Segundo o último relatório do IPCC, a temperatura média do planeta é 1,1 ° C superior à de 1850 a 1900, época de referência utilizada para a técnica de temperaturas pré-industriais antes do forte acúmulo de gases de efeito estufa, como CO2 e metano.

Saiba mais:

Para perceber a distribuição espacial da precipitação no domínio do exame e estimar a precipitação para a pesquisa de atribuição, os pesquisadores utilizaram a Análise Diária de Chuvas com base no medidor global unificado do CPC e no Infrared Rain with Station Data Climate Risk Group (CHIRPS), que integra imagens e insights das estações pluviais para criar séries de tempo para pesquisa e rastreamento de tendências.

O conhecimento de desastres, somando localização, tipo, razões e danos, foi extraído do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres S2iD do Brasil, que o conhecimento registrado através da Defesa Civil e do governo local no prazo de dez dias após um evento.

“Queremos enfatizar a importância de ter incorporado sistemas de dados de crise, como o S2iD do Brasil, que fornece dados valiosos e oportunos que nos permitem quantificar os efeitos de eventos excessivos”, disseram os pesquisadores.

O domínio examinado é subdividido em 12 mesorregiões de Minas Gerais (conjuntos oficiais que formam um conjunto de povos que compartilham características geográficas e sociais), com um total de 194 municípios. No total, o estado possui 853 aldeias.

“As regiões máximas afetadas foram as regiões metropolitanas de Belo Horizonte, Vale do Rio Doce e Zona da Mata. Juntos, são responsáveis por 91% das perdas econômicas públicas e 93% das perdas econômicas pessoais, além de 92% do total de danos materiais. No total, 91% da população foi deslocada”, diz o artigo.

Esses espaços também mostram os números máximos alarmantes sobre a vulnerabilidade a erros de cidadãos e casas em espaços de ameaça oficialmente mapeados, de acordo com os cientistas.

Ressaltam ainda que, a ocasião foi excessiva e influenciada pelas mudanças climáticas, seus efeitos foram agravados pela falta de planejamento de controle de ameaças urbanas, estratégias de mitigação e adaptação, bem como pelo subinvestimento em infraestrutura, o que possivelmente teria afetado desproporcionalmente os deficientes que vivem em situações de alta ameaça, como habitações precárias na encosta.

“Assim, interpretamos os efeitos desta ocasião como uma catástrofe climática socialmente construída”, disseram eles, sugerindo que estudos de longo prazo merecem investigar o efeito do clima inclemente sobre pessoas vulneráveis e deficientes.

“Além disso, estudos de longo prazo também podem abordar as complexas interações das facetas humanas, econômicas e políticas dentro dos sistemas ecológicos”, acrescentam.

Segundo Dal’Agnol, o estilo evoluído para analisar a crise da mineração pode ser implementado em outras regiões. “O método pode ser usado para analisar outras ocasiões. Na época do nosso estudo, encontramos poucos estudos sobre o excesso de tempo no Brasil. “Mais estudos como esse são necessários para identificar regiões especialmente vulneráveis às mudanças climáticas para que o governo e as políticas públicas possam estar bem preparados para salvar a crise a longo prazo. “