SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - As indústrias aeronáutica, automobilística e de exploração de petróleo e gás no Brasil, entre outros setores, passarão a contar a partir de 2014 com um laboratório para o desenvolvimento de estruturas leves para fabricação de peças com menor peso e custo, porém mais resistentes.
O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) está concluindo a construção do Laboratório de Estruturas Leves (LEL) no Parque Tecnológico de São José dos Campos.
Previsto para ser inaugurado em dezembro de 2013, o laboratório recebeu investimentos de R$ 48 milhões. Desse montante, R$ 27,5 milhões foram aportados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para aquisição de equipamentos e implantação do laboratório, R$ 8,3 milhões pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e R$ 2,5 milhões pela Prefeitura de São José dos Campos, com apoio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo.
O restante do investimento, cerca de R$ 10 milhões, foi completado pelo IPT e pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), que apoia um dos quatro grandes projetos de pesquisa estruturantes do laboratório.
"O laboratório está em fase final de construção. Alguns equipamentos já foram instalados e agora está sendo construída a sala limpa", disse Luiz Eduardo Lopes, diretor do Centro de Integridade de Estruturas e Equipamentos (Cinteq) do IPT, ao qual o LEL pertence, à Agência Fapesp.
O laboratório terá uma área total de 4,5 mil m² e será dedicado ao desenvolvimento de estruturas leves feitas a partir de materiais metálicos, compósitos e híbridos.
As três classes de materiais são as mais utilizadas para desenvolver estruturas leves. "Quando se fala em estruturas leves logo se pensa em material compósito. Mas as estruturas leves podem ser feitas a partir de materiais diversos que tenham a resistência necessária e proporcionem a redução de peso desejada", explicou o diretor.
O monobloco dos automóveis, ele exemplifica, é composto por estruturas leves de aço. Já os moinhos de geração de energia eólica são constituídos por uma combinação de materiais compósitos e metálicos. Por sua vez, a estrutura dos aviões é formada por alumínio e titânio.
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